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Mudança de hábitos: Como conquistar a sua melhor versão

Descubra maneiras de alcançar a sua evolução, mas sem excesso de cobranças ou prejuízos à saúde mental

Por Lorraine Moreira
Atualizado em 17 jan 2023, 14h31 - Publicado em 12 jan 2023, 09h31

Qual é a importância que você dá para a sua vida? Dia após dia, promessas de mudanças de hábitos surgem, mas nem sempre são cumpridas ‒ é o famoso “deixa para o próximo ano”. A sensação de que um comportamento gera consequências negativas é um pedido para transformação. “Cuidar e investir esforços na pessoa mais importante deste mundo, que é você, é ter possibilidade de viver uma vida mais digna”, de acordo com a psicóloga Fernanda Ananias. Mas por onde começar? Com essa dúvida, separamos maneiras de dar início a busca pela evolução. Vamos juntas?

Durma adequadamente

O organismo aumenta a produção de melatonina e diminui os hormônios de estresse, cortisol e adrenalina durante o sono. Além disso, o descanso é importante para melhorar a memória, pois ela é processada nesse momento. Quando desregulado, ele aumenta o risco de doenças metabólicas, como obesidade e diabetes, e cardiovasculares. 

Leia um livro

Estimular o raciocínio, melhorar o vocabulário e aumentar o repertório são possíveis por meio da leitura. A tarefa pode ser o pontapé inicial para mudanças de hábitos e adoção de atividades que transformam seu dia

Prática de exercícios físicos e alimentação adequada

exercícios
Deixe a preguiça de lado: exercícios promovem bem-estar. (Pixabay/Pexels)

A prática regular de exercícios melhora o humor, reduz os efeitos do estresse e aumenta sua qualidade de vida. “O corpo libera hormônios e neurotransmissores essenciais para a sensação de bem-estar depois da atividade física”, explica a psicóloga Ingrid Ribeiro. Quem se exercita, vive mais tempo e de maneira mais saudável do que pessoas sedentárias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana para adultos, mesmo quem vive com doenças crônicas ou incapacidade, e uma média de 60 minutos por dia para crianças e adolescentes. 

“A serotonina, conhecida como o hormônio da felicidade, gera a sensação de prazer e bem-estar, regula o sono, apetite e humor”, segundo Fernanda, e é liberada durante os exercícios físicos. Junto à endorfina, tornam a pessoa mais confiante. “Teste uma semana de caminhada de 30 minutos e coloque mais verduras e frutas na sua alimentação. Você vai se sentir bem melhor consigo mesma.”

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Auto-recompensa

Dar a si mesmo um pequeno deleite a cada dia é um impulso extra de felicidade e motivação. Não é necessário planejar ou esperar por isso, apenas deixe acontecer. Pode ser uma soneca de 15 minutos, uma roupa que você sempre quis ou uma massagem nos pés. A ideia de que auto-recompensa precisa ser um evento grande e raro, exclusivo para datas especiais ou momentos em que você cumpriu as suas metas, é difundida, mas nem sempre precisa ser assim. É mais saudável ganhar algo de vez em quando, com consciência de gastos e tempo, do que viver em constante privação.

Cuidado com saúde mental

“O organismo é todo interligado, não existe separação entre corpo e mente”, diz Ingrid. Por isso, não adianta abandonar uma parte ou outra. “A alimentação faz toda diferença na saúde mental, por exemplo. A baixa ingestão de vitaminas pode levar a quadros semelhantes, em alguns aspectos, a estados depressivos. Por outro lado, exercícios físicos melhoram sintomas de ansiedade e depressão, por exemplo”, completa.

“Quando algo não vai bem na nossa mente, também não vai bem na parte externa. Doenças físicas, inclusive, podem aparecer graças a falhas na saúde mental”, afirma. Buscar autoconhecimento é imprescindível, e com a psicoterapia isso pode ser solucionado. Outras práticas interessantes são meditação, ioga etc.

Descubra o que é importante para você

A verdade é que a mudança de hábitos só vem quando os comportamentos fazem sentido para o que você deseja. Para algumas pessoas, por exemplo, aprender o idioma mandarim é importante para conquistar uma promoção no emprego, enquanto para outras é melhor ler mais. A dica é se observar e traçar metas de acordo com o que seria importante para você. “A tomada de consciência é essencial para as transformações. Pense em como tem agido e, então, tome as providências”, pontua Fernanda.

Atenção com a cobrança exagerada

Conquistar o corpo perfeito, ser produtivo no trabalho, estudar com foco pleno e cultivar relações interpessoais felizes são partes do pacote de atividades incentivadas pela ortorexia psicológica, definida com a busca pelo auto-aperfeiçoamento em todas as áreas da vida. Inclusive, “ao ouvir ‘seja sua melhor versão’ é possível pensar que precisamos ser produtivos o tempo todo. O estresse, a pressão e privação de sono adoecem fisicamente e psicologicamente”, completa, e continua: “essa cobrança pode fazer com que você se distancia de você mesmo.”

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Existem sinais de que você se encontra nesse lugar. “Você pode ter pensamentos exigentes em excesso, de que nada está bom e precisa sempre de mais e mais. Acha que não tem tempo para nada, sente que tem poucos momentos de lazer e que não consegue fazer qualquer coisa que não seja trabalhar.” Nesse momento, é essencial buscar ajuda psicológica para que o problema não se agrave, de acordo com a psicóloga Luana Fischer. Um alerta de Fernanda é observar “quando a ideia vem acompanhada de extremismos, e de um ‘ideal de si’, que geralmente é muito influenciado pelo ideal imposto pela sociedade, e não por aquilo que você identifica que faz parte da sua singularidade.”

Ingrid fala que “é importante buscar melhorar, mas é preciso respeitar nossos limites, pois nem sempre conseguiremos dar o nosso melhor e é necessário entender que está tudo bem. O seu melhor não é o mesmo todo dia, não se cobre tanto. ”

Não se esqueça de que ser obcecado pelo alto rendimento pode te levar a um ciclo de autocobrança excessiva que traz prejuízos para a sua saúde mental, por isso trace metas possíveis, não se sobrecarregue com tarefas e entenda que é possível alcançar o seu melhor, sem destruir sua saúde mental. A terapia auxilia nesse processo.

“Entender quem é, o que faz sentido para você e qual é seu lugar no mundo pode ser uma maneira de reduzir essa cobrança e começar a se colocar de uma maneira mais autêntica e singular, sem busca de um ‘ideal de perfeição’”, diz Luana. E termina: “saber que sua melhor versão também tem aspectos não tão positivos, e isso faz parte de aceitar por inteiro suas qualidade e feitos”.

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