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Vera Fischer fala sobre como escapava de testes do sofá

No 'Programa do Bial', atriz contou que passou sua juventude inventando desculpas parar fugir de diretores e produtores nos bastidores do cinema e da TV

Por Da Redação
Atualizado em 22 nov 2017, 11h29 - Publicado em 22 nov 2017, 11h27
 (Reprodução/Rede Globo)
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A atriz Vera Fischer, que completa 67 anos na próxima segunda-feira (27) – 48 de vida pública, desde que foi eleita Miss Brasil 1969 –, foi entrevistada pelo Programa do Bial na última terça-feira (21). Entre diversos assuntos, Vera comentou sobre os chamados “teste do sofá”, nome popular dado aos abusos sexuais cometidos por diretores e produtores nos bastidores de novelas e cinemas.

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Enquanto Hollywood vive um momento especial em que as mulheres tomaram coragem para denunciar os homens que cometeram esse tipo de assédio em suas trajetórias, no Brasil o assunto segue sendo um tabu – apenas o ator José Mayer teve sua carreira afetada ao ser denunciado por abuso sexual. No entanto, o tema foi abordado durante a entrevista.

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Pegando como gancho o próximo trabalho da atriz, a série Assédio – sobre o ex-médico Roger Abdelmassih em que Vera interpretará a apresentadora Hebe Camargo–, Bial perguntou se ela sofreu assédio no início a sua carreira e se o “teste de sofá” era norma na época.

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“Tanto no cinema quanto na televisão passei por diretores e produtores, recebi cantadas, mas sou espertinha, né? Eu fazia cada coisa terrível com eles, não sei se posso contar aqui”, disse.

O apresentador autorizou e ela prosseguiu: “Eu falava que chegou a menstruação, que era muito sangue, nojento, a pessoa nunca mais olhava para mim. Na outra semana o outro vinha e eu dizia ‘estou com uma doença aqui, pode ser que pegue’, já me saía bem de novo. Eu passei minha vida de jovem na TV e no cinema assim. Ninguém mais queria… ‘Essa aí não, tá sempre com problema‘”, disse Vera rindo.

“Mas você há de convir que é terrível uma atriz ter de recorrer a esses expedientes uma carreira inteira”, reforçou Bial antes de comentar os casos do showbiz americano. “Agora  maré virou”, disse. E Vera apoiou: “E virou sério! Tem que botar a boca no trombone mesmo. Tem que falar!”

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