“Perdi minha virgindade em um estupro”, diz Demi Lovato em documentário
A cantora revelou em seu documentário que foi abusada duas vezes, sendo que a segunda ocorreu durante uma overdose
O documentário Demi Lovato: Dancing with the Devil, que estreou nesta terça-feira (16), no Festival de Cinema SXSW, trouxe novos pontos comoventes sobre a vida da cantora e atriz Demi Lovato, de 28 anos.
Na produção, a cantora revela que sofreu abuso sexual pela mesma pessoa que lhe forneceu drogas na noite em que sofreu uma overdose, em 2018. O episódio a deixou à beira da morte e gerou sequelas com as quais lida até hoje.
“Não foi apenas uma overdose. Eu fui violentada”, disse Demi
Uma amiga da cantora, Sirah Mitchell, explicou que Demi Lovato havia recebido heroína “misturada com fentanil [medicamento usado com anestésico]”. Segundo ela, o traficante foi responsável por deixá-la “muito chapada” e pronta “para morrer”.
“Quando eles me encontraram, eu estava nua, azul. Fui literalmente deixada para morrer depois que ele se aproveitou de mim”, explicou Demi. “Quando acordei no hospital, eles perguntaram se tínhamos feito sexo consensual. Tive um flash dele em cima de mim e disse que sim. Só um mês depois da overdose que eu percebi: ‘Você não estava em nenhum estado de espírito para tomar uma decisão consensual.’ “
Leia mais sobre as revelações de Demi Lovato sobre a overdose de 2018.
Além da violação que Demi Lovato sofreu na noite da overdose, a cantora contou emocionada que na adolescência também foi abusada sexualmente.
“Perdi minha virgindade em um estupro”, diz ela no documentário
O estuprador era, na época, o namorado da cantora, mas ela já havia dito a ele que não estava pronta para perder a virgindade. Ele nunca foi punido por isso.
“Eu fazia parte da turma da Disney que disse publicamente que estava esperando o casamento. Não tive uma primeira vez romântica”, pontuou Demi, que parou de comer e lidou com o trauma de outras maneiras.
Depois de suas duas experiências de agressão sexual, a cantora tentou “assumir o controle”, entrando em contato com seus agressores para fazer “do seu jeito”. No entanto, isso só a fez se sentir pior.
“Eu realmente me bati por anos, e é por isso que tive muita dificuldade em aceitar o fato de que foi um estupro quando aconteceu”, disse Demi.
O documentário, que já havia trazido revelações bombásticas sobre a vida da cantora no trailler, terá sua estreia oficial no YouTube em 23 de março.