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5ª temporada de La Casa de Papel: protagonistas falam sobre o fim da série

Depois de quatro anos, o fenômeno La Casa de Papel chega ao fim. Atrizes comentam a profundidade dos personagens femininos

Por Ligea Paixão (colaboradora)
26 ago 2021, 10h00
atrizes em cenas de La Casa de Papel
 (Foto/Reprodução)
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C

om macacões vermelhos, os rostos encobertos pelas máscaras de Salvador Dalí, um plano ousado e ao som do hino antifascista Bella Ciao, um grupo de ladrões invadiu, em 2017, a Casa da Moeda da Espanha e cativou o mundo. La Casa de Papel virou uma febre, colocou a música-tema entre as mais tocadas e ganhou uma legião de fãs.

Agora, a série da Netflix chega à última temporada – a primeira parte estreia no dia 3 de setembro – depois de muitas reviravoltas e acontecimentos inimagináveis. O plano arquitetado e a história de vida dos personagens desafiou a lógica – a prisão – e nos deixou torcendo pela liberdade dos assaltantes. É a ficção nos confrontando com a ética.

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Esther, que apareceu primeiro num papel secundário, como Mônica, para depois se tornar protagonista com Estocolmo.
(Imagem/Divulgação)

Para além disso, a série estabeleceu gradativamente a tomada de espaço das personagens femininas, que se tornaram protagonistas. “As mulheres são percebidas e representadas, são fortes, corajosas e feministas”, opina Úrsula Corberó, que interpreta a Tóquio. “Para mim, o que há de mais bonito em tudo isso, é que elas têm permissão para errar”, acredita a atriz espanhola.

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Para Esther Acebo, que faz o papel de Mônica, a potência feminina era tamanha que ela temia não se encaixar. “Eu tinha medo que minha personagem fosse uma mulher apagada diante de outras tão poderosas”, conta ela, que passou de secretária e amante do diretor da instituição a Estocolmo, a confiante participante do grupo de assaltantes.

“No entanto, o fato de ela ser uma mulher que se atreveu a mudar as coisas foi o que eu mais gostei.” Estocolmo tem conflitos bem fáceis de assimilar. Ela é mãe e precisa dar conta de tantas outras partes da vida. “Ela se assemelha a qualquer mãe que se questiona quando precisa deixar o filho na creche para ir trabalhar. É difícil, mas ela vai adiante, e mantém também o seu espaço como mulher”, defende Esther.

Úrsula, que interpreta Tóquio na série.
(Imagem/Divulgação)

Depois de La Casa de Papel, muitas mulheres passaram a vasculhar o streaming em busca de outra série que desempenhasse o mesmo papel feminino entre suas personagens. Essa proximidade com o público torna a despedida ainda mais difícil.

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Para as atrizes, fica muita gratidão e saudade. “As últimas duas semanas de filmagem foram muito tristes. Eu sabia que um ciclo estava se encerrando e não parava de chorar. Tivemos até que interromper cenas”, fala Úrsula dando a dica: melhor já deixar a caixa de lencinhos a posto para curtir o final do grande plano de La Casa de Papel.

 

 

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