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Exposições em São Paulo e no Rio de Janeiro para curtir nas férias

Nem só de sol, praia e piscina é feito o período de descanso. Apresentamos um mini guia com as melhores exposições em São Paulo e Rio de Janeiro

Por Joana Oliveira
Atualizado em 9 jan 2023, 19h29 - Publicado em 8 jan 2023, 10h13
Obra de Lenora de Barros, em exposição na Pinacoteca.
Obra de Lenora de Barros, em exposição na Pinacoteca. (Reprodução/Divulgação)
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Nem só de sol, praia e piscina são feitas as férias de verão. Para quem está na cidade, a oferta cultural não para. Para te ajudar a escolher uma programação inspiradora que pode, inclusive, incluir as crianças, separamos algumas das melhores exposições em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Amazônia, de Sebastião Salgado, no Museu do Amanhã

exposição amazônia no museu do amanhã
Exposição fica em cartaz até 29 de janeiro de 2023. (Divulgação/Divulgação)

Resultado de uma imersão de sete anos, A exposição Amazônia, do fotógrafo Sebastião Salgado, idealizada por Lélia Wanick Salgado, fica no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, até o dia 29 deste mês. As quase 200 fotografias capturam um pouco da vida na região que cobre o norte do Brasil e se estende por mais oito países. As lentes de Salgado captaram desde a curva luminosa de um rio até os detalhes dos adornos dos povos originários. Além de um espetáculo de contemplação estética, a exposição é um convite à informação, à reflexão e à ação em defesa da Amazônia

Quando: Até 29 de janeiro de 2023, terça a domingo, das 10h às 18h

Onde: Museu do Amanhã (Praça Mauá, 1 – Centro, Rio de Janeiro)

Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Às terças-feiras, a entrada no Museu do Amanhã é gratuita.

Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação, no Museu da Língua Portuguesa

Fica em cartaz até abril deste ano a exposição Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação, um mergulho na história das línguas e culturas indígenas do Brasil, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Além de visitar a exposição, de 12 a 28 de janeiro, os visitantes poderão participar da Estação Férias – Nossas palavras são flâmulas, um lugar de aprendizagem de palavras em línguas indígenas por meio de desenhos, pinturas, letras e traços.   Às quintas e sextas-feiras, em quatro horários (10h, 11h, 13h30 e 15h), será oferecida a oficina Nossas Escritas são Flâmulas, em que o participante será convidado a criar pequenas bandeiras com frases pintadas a partir da técnica do estêncil. Aos sábados, o saguão será ocupado com o projeto Caravana Lúdica, composto por diversos jogos recolhidos ao redor do mundo. No dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo, haverá a apresentação do Coral Mirim Guarani.   Gratuitas, as atividades do Estação Férias – nossas palavras são flâmulas são destinadas ao público em geral, sobretudo ao em idade escolar. 

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Quando: De 12 a 28 de janeiro, de quinta a sábado, das 10h às 17h.

Onde: Museu da Língua Portuguesa (Praça da Luz, s/nº – Luz – Centro Histórico de São Paulo)

Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia). Crianças até 7 anos não pagam.

Propostas de Reencantamento, de Marcela Cantuária, no Sesc Pompeia

marcela cantuária
Propostas de Reencantamento conta com quase 60 trabalhos, divididos nas séries Biombo, Oráculo Urutu, Oratórios e Estandarte. (SESC/Divulgação)

Marcela Cantuária, um dos destaques da arte contemporânea brasileira, apresenta Propostas de Reencantamento, exposição que é parte do projeto Ofício: Mancha, no Sesc Pompeia, em São Paulo. Em cartaz até 29 de janeiro, a exposição explora diferentes pigmentos e lança um olhar para as lutas sociais das mulheres do Sul Global. A artista propõe um novo olhar sobre as tradições da arte e mantém o foco no feminismo, com o objetivo de iluminar memórias invisibilizadas e, assim, inspirar reflexões. 

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“Minha pintura tem intuito de trazer uma inspiração emancipatória para os povos do mundo, e isso vem quando a gente se organiza politicamente. A pintura vem de uma inspiração. Se eu vou pintar mulheres livres, sem injustiça social, eu estou criando esse cenário e acredito que em algum lugar ele exista ou deva existir. É uma pré-figuração de um mundo possível, sem que a gente tenha que defender o óbvio”, explica a própria Marcela. 

Quando: Até 29 de janeiro de 2023. De terça a sexta-feira, das 10h às 21h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h

Onde: Sesc Pompeia (Rua Clélia, 93 – Água Branca, São Paulo)

Ingressos: Entrada gratuita. 

Exposição do fotógrafo Miguel Rio Branco, no IMS do Rio de Janeiro

Sexualidade, violência, dor e solidão são alguns dos temas que perpassam a obra do fotógrafo Miguel Rio Branco, um dos nomes mais respeitados da fotografia brasileira contemporânea. Na exposição Palavras cruzadas, sonhadas, rasgadas, roubadas, usadas, sangradas, em cartaz até abril, no IMS do Rio de Janeiro, fica nítido como Miguel usou a fotografia como elemento básico de uma escrita visual, capaz de dar novos sentidos às imagens. A exposição conta com mais de 200 obras, desde raras imagens em preto e branco da Nova York dos anos 1970, até trabalhos mais recentes em outros lugares do mundo.

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Quando: Até 26 de março de 2023. De terça a sexta-feira, das 12h às 18h. Sábado, domingo e feriados (exceto às segundas), das 10h às 18h.

Onde: IMS Rio de Janeiro (Rua Marquês de São Vicente, 476 – Gávea, Rio de Janeiro)

Ingressos: Entrada gratuita. 

Obra de Carmézia Emiliano, exposta no Itaú Cultural de São Paulo.
Obra de Carmézia Emiliano, exposta no Itaú Cultural de São Paulo. (Reprodução/Divulgação)

Um Século de Agora, no Itaú Cultural

Com uma curadoria de três mulheres –Júlia Rebouças, Luciara Ribeiro e Naine Terena –, a exposição Um Século De Agora, no Itaú Cultural de São Paulo, traz um panorama atual da arte e da cultura produzida no Brasil. São 25 artistas e coletivos com diferentes vivências e experiências em territórios sociais, culturais, políticos e geográficos, manifestando-se por meio de múltiplas linguagens, como colagem, desenho, escultura, fotografia, instalação, performance, pintura e videoarte. Todas as obras foram realizadas em concluídas em 2022, o que traz um diálogo com o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, um dos mais importantes eventos culturais da história do país. Além de celebrar esse momento histórico, a exposição propõe uma expansão de horizontes artísticos para trazer novas narrativas a este século.

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Quando: Até 2 de abril de 2023. De terça-feira a sábado, das 11h às 20h. Domingos e feriados, das 11h às 19h.

Onde: Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149 – Bela Vista, São Paulo)

Ingressos: Entrada gratuita. 

Lenora de Barros: Minha Língua, na Pinacoteca de São Paulo

Palavra, imagem e som se conjugam e se combinam na exposição Minha Língua, da artista visual Lenora de Barros, em cartaz na Pinacoteca de São Paulo até o dia 30 de janeiro. A mostra reúne cerca de 40 obras de Lenora, focadas no debate das relações entre corpo e linguagem, num arco que agrega desde trabalhos do início de sua trajetória até um comissionamento produzido especialmente para a ocasião, incluindo ainda produções icônicas como Poema (1979) e a série Procuro-me (2003). Um dos trabalhos mais emblemáticos de sua carreira também está exposto: Homenagem a George Segal (1975-2014), fruto de um trabalho escolar que criticava a sociedade de consumo tomando como inspiração as expressões das obras do escultor homônimo. Outro destaque é uma obra inédita, comissionada especialmente para a exposição, chamada A cara. A língua. O ventre (2022), um de três atos em que Lenora explora diferentes situações com argila em diálogo com seu próprio corpo. 

Quando: Até 30 de janeiro de 2023. De terça-feira a domingo, das 10h às 18h. 

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Onde: Pina Luz (Praça da Luz, 2, Bom Retiro, São Paulo)

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Nise da Silveira: A Revolução pelo Afeto

Exposições para visitar nas férias.
Nise ao lado do quadro “Universal”, de Emygdio de Barros. (Arquivo Pessoal Nise da Silveira/ SAMII/Divulgação)

A profunda transformação no campo da saúde mental provocada pela psiquiatra alagoense Nise da Silveira ganha mostra no Sesc Belenzinho, com curadoria do Estúdio M’Baraká. Dividida em três momentos, ela destaca a trajetória e as alternativas da profissional para os métodos violentos e desumanos tão comuns em hospitais psiquiátricos à época; e também as obras realizadas pelos artistas-pacientes de Nise nos caminhos da psicologia analítica. “A exposição busca apresentar essa personagem e sua importância simbólica ontem e hoje. Nise é uma mulher revolucionária e representa um pensamento vanguardista brasileiro na ciência e, pela especificidade de seu trabalho, consequentemente, nas artes. Nise da Silveira (devemos reverberar esse nome) permitiria múltiplas abordagens – valorizar seu gesto revolucionário, a partir do afeto, é potente nos dias de hoje”, comenta Isabel Seixas, produtora e sócia do Estúdio M’Baraká. (PAULA JACOB)

Quando: Até o dia 26 de março. Terça a sábado, das 10h às 21h. Domingos e Feriados, das 10h às 18h

Onde: Sesc Belenzinho: Rua Padre Adelino, 1000

Ingressos: Livre | Entrada gratuita

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