Chocou? Título impactante, mas não meu. Eu o extraí de um conto do poeta cuiabano Manoel de Barros e trouxe para a minha reflexão pessoal. Horizontalmente se é que você me entende. Ando fazendo inventários e outro dia listei as minhas fodas. Não cora não, amiga. Vai dizer que nunca fez uma listinha?
Pode ter cinco pessoas ou mais de trinta que, mesmo sendo santa ou Bruna Surfistinha, repertório, se você já passou dos 60 anos, isso você possuiu. E nessa de elencar sensações, porque a listinha vem acompanhada de lembranças olfativas, sussurrais, de toque e centímetros além de ginga e potência, eu andei décadas mentais.
Nesse sótão das minhas emoções sensuais lembrei de cada coisa. O cara que queria apenas conversar. O outro tarado pelo cheiro do meu rabo. Outro que só falava de si e, pior, tinha um que era uma espécie de pilhador de gente, enfileirando suas transas. Muitos performaram mal. Aliás como tem homem sem repertório na cama.
Um deles sugeriu uma suruba, e fui de ônibus até a Barata Ribeiro, mas amarelei em plena Avenida Copacabana. Medrei tipo serial killer. Tinha o voyeur. Já tive também o limpinho, que a cada gozada tomava um banho. Gosto não. Sempre fui de odores. Fétidos não me afastam. Aprecio cheiro de carne humana.
E nessa maluquice que é revisitar o passado do rala e rola, muita coisa eu não deveria ter feito. Já dei por pena. Por falta de assunto. Por medo. Por pressão. Já falei que quem passou dos 50 descobriu recentemente que foi estuprada várias vezes, mas não tinha esse nome. O teste do sofá fazia parte do jogo. Tempos sombrios.
E hoje, meio num embargo de paus, vivo entre dias de masturbação e outros de alguma animação com o namorido. Uma das fronteiras mais importantes é colocar o tema do sexo associado à longevidade. Tem muita poeira cavernosa nesse lugar. Precisamos revelar que a sensualidade é uma grande aliada na manutenção da libido pela vida. Vai por mim.
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