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Fique à vontade para sentir: aqui todas as emoções são bem-vindas. A curadoria de textos é feita por Helena Galante. Para compartilhar suas palavras, escreva para hgalante@abril.com.br
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Como transformei a dor da maternidade em felicidade

"Me vi esgotada, estressada, a mãe briguenta que eu tanto jurei não me tornar", lembra Telma Abrahão, que fez uma grande revolução na sua vida

Por Telma Abrahão
Atualizado em 15 Maio 2024, 19h34 - Publicado em 8 Maio 2024, 21h10

Eu não queria casar e ter filhos. Sempre repetia que isso não era para mim e isso acabou se tornando uma verdade em minha vida. Vim de uma família onde brigas e desentendimentos eram constantes entre meus pais.

Eu, como criança, me via com medo e desprotegida. Um dia me deparei com uma discussão entre eles e mentalmente afirmei para mim mesma: “Não quero ser assim quando crescer. Não casarei e não terei filhos“.

“Estou com medo, e agora?” | CLAUDIA (abril.com.br)

E ali naquele dia nasceu essa afirmação em minha vida. Um pacto que fiz comigo mesma com apenas 6 anos e que permeou minhas decisões, até o dia que eu parei para investigar de onde veio essa “verdade” que me manteve sabotando meus relacionamentos por tantos anos.

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Iniciei um processo de autoconhecimento intenso que me revelou verdades difíceis de serem ignoradas.

“A partir daí decidi quebrar ciclos e aprender a fazer diferente”

Telma Abrahão

Alguns meses após essa decisão, meu caminho se cruzou com o amor da minha vida, logo nos casamos e tivemos dois filhos.

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Maternidade e felicidade é possível: Maternidade:
Maternidade: “Parei de ouvir conselhos e passei a me guiar pelo conhecimento que estava adquirindo” (Getty Images/Getty Images)

Três anos depois, meu marido foi transferido a trabalho para os EUA e lá fomos nós encarar essa experiencia. Ele saia para trabalhar e eu ficava cuidando da casa e dos nossos filhos. Mergulhada nas demandas e no caos que meus dias haviam se tornado como mãe, esposa e dona de casa solitária em um país estrangeiro, me vi esgotada, estressada e o pior, havia me tornado o que mais temia: a mãe briguenta e descontrolada que eu tanto jurei não me tornar.

Eu estava repetindo um padrão aprendido com meus pais durante a minha infância. Eu ia dormir me sentindo triste e culpada. Me questionava sobre os conselhos maternos que recebia. “Mostre quem manda”, “você precisa castigar”.

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Eu me sentia tão confusa que já não sabia como agir. Um dia meu marido chegou do trabalho e lá estava eu e meus filhos chorando. Ele me olhou e perguntou: “o que está acontecendo aqui?”.

Pela primeira vez me entreguei para o sentimento de impotência e respondi: “Ou eu aprendo o que não sei sobre educar ou fracassarei como mãe”. Ainda bem que optei pela primeira opção.

Comecei a estudar nos EUA com grandes especialistas da área do desenvolvimento infantil e tudo que ia aprendendo colocava em prática com meus filhos. Aos poucos uma nova realidade começou a ser criada em minha família.

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Fui encontrando respostas para as dúvidas que me corroeram por tanto tempo. Parei de ouvir conselhos e passei a me guiar pelo conhecimento que estava adquirindo e entendi que tudo que aprendemos sobre educar crianças nos leva a um inevitável sentimento de culpa, fracasso e dor.

Nascemos dependentes de nossos pais e sem controle sobre nossas emoções. A natureza nos fez assim e querer mudar isso ou esperar um comportamento que as crianças não podem ter é algo violento e que deixa marcas no adulto.

Precisamos nos reeducar para melhor educar e quebrar ciclos de dor. Fui buscar conhecimento para me tornar uma mãe melhor, mas acabei encontrando um caminho de cura para mim e para milhares de famílias ao redor do mundo.

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Minha história é um testemunho de que é possível transformar dificuldades em felicidade e evolução. Escolhi aprender a fazer diferente, essa escolha mudou a minha vida e pode mudar a sua também.

Telma Abrahão: biomédica e especialista em neurociências
Telma Abrahão: biomédica e especialista em neurociências (Divulgação/Divulgação)

Telma Abrahão (@telma.abrahao) é biomédica, especialista em neurociências e no desenvolvimento infantil e uma das pioneiras no Brasil a unir ciência à educação dos filhos. É idealizadora da Educação Neuroconsciente, que ‘nasceu’ da necessidade de levar o conhecimento sobre a neurociência por trás do comportamento infantil para mães, pais e profissionais da saúde e da educação. Autora dos best sellers “Pais que evoluem” e “Educar é um ato de amor, mas também é ciência”, tem seus livros vendidos em mais de 15 países. Ela também escreveu 12 obras exclusivas para o Leituras Rápidas da Amazon com o objetivo de abordar temas que ajudam os pais a lidarem com os desafios na educação dos filhos.

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