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Conversa de Vó

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Natália Dornellas é jornalista, podcaster e ativista da longevidade. Procura por avós e avôs para prosear e histórias de #avosidade para contar. É criadora do podcast Conversa de Vó e cofundadora da plataforma 40+ AsPerennials

A Ciência desvendou os efeitos do amor de avó

Avó é mãe com açúcar e faz bem! Um estudo recente traz uma visão neural do precioso vínculo avó-neto

Por Natália Dornellas
19 nov 2021, 17h39
avó e neto
Amor de vó é conexão: elas sentem o que os netos estão sentindo (Arianne Clément/Divulgação)
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Hoje interrompemos nossa programação normal – com a contação de histórias de avós -, para trazer dados que confirmam cientificamente o bem que essas matriarcas fazem para nós e vice-versa.

Um novo estudo divulgado na Royal Society B, no último dia 16, é o primeiro a fornecer uma visão neural do precioso vínculo avó-neto. Os pesquisadores da Emory University, na Geórgia, escanearam os cérebros de 50 avós que foram expostas a imagens de seus netos, de três e 12 anos,

“Quando veem as fotos dos netos, elas sentem realmente o que o neto está sentindo. Então, quando a criança está expressando alegria, elas sentem aquela alegria. Quando a criança está expressando sofrimento, elas sentem esse sofrimento”, disse  James Rilling, antropólogo e neurocientista que liderou o estudo, à agência France-Presse.

Quando as mesmas avós testadas viram imagens de seus filhos adultos, houve uma ativação das regiões cerebrais relacionadas à empatia cognitiva, que busca entender o que uma pessoa está pensando, mas sem muito envolvimento emocional. Isso, segundo Rilling, pode estar relacionado à fofura das imagens das crianças.

avó e bebe
(Arianne Clément/Divulgação)
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“Hipótese da avó”

Rilling, que já havia conduzido estudos semelhantes sobre pais, quis voltar sua atenção para as avós para explorar uma teoria antropológica conhecida como a “hipótese da avó”, que estabelece que a razão evolutiva, pela qual as mulheres humanas tendem a viver uma vida longa, é para fornecer bem-estar para seus descendentes.

Finalmente, ao comparar este novo estudo com os resultados de seu trabalho anterior com os pais, Rilling descobriu que, em geral, as avós ativavam regiões relacionadas à empatia emocional e à motivação de forma mais intensa.

Rilling também entrevistou cada uma das participantes para ter uma ideia dos desafios e recompensas de ser avó. E o desafio que mais surgiu foi a divergência de opiniões com os pais sobre a forma de criar os netos, seus valores.

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A recompensa, no entanto, é enorme, e muitas avós sentiram que podiam estar mais presentes na vida dos netos na maturidade, quando estão aliviadas da pressão que sentiam quando estavam criando os filhos. “Muitas delas disseram que gostavam mais de ser avós do que de serem mães”, finalizou.

avó e neta
(Arianne Clément/Divulgação)

 

 

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