Vagina friendly, a importância da saúde íntima no autocuidado
A colunista Kika Gama Lobo divide os impactos que a rotina de cuidados com a região íntima trouxe para o seu bem-estar
Fiquei intrigada com o tema, mas o chamado da empresa dizia que eles eram “ amigos da vagina”. Como assim? Já maldei logo e achei que tinha sacanagem no meio. Muito pelo contrário. Tal qual o conceito de sustentabilidade nas empresas greens, o mercado feminino agora pauta suas ações também focando na saúde da perereca.
E indo para o segmento maduro, a parada é ainda mais necessária. Cinquentonas que nunca tiveram dermatite de contato, urticárias ou assaduras – passam – num piscar de olhos a terem coceiras e vermelhidões nas áreas genitais.
Rendas de tecidos sintéticos, elásticos com material mais agressivo, decorações e interferências de metais nas bordas de calcinhas acabam por despertar o corpo para essas novas irritações.
Calcinhas fio dental, calcinhas eróticas, calcinhas que entram dentro do ânus ou cortam a vagina só aumentam o problema, apesar de serem um recurso sexual ainda muito usado por mulheres na hora de sair com seu (ou sua) date.
Mas hoje existem lenços umedecidos, óleos essenciais, calcinhas descartáveis, sabonetes, cremes, shampoos, espumas e uma série de produtos focados na limpeza e manutenção de uma vagina em ordem, limpinha e saudável.
Quando, na minha juventude, eu poderia imaginar que esse selo seria um tremendo apelo de vendas e um critério decisivo na hora de consumir produtos íntimos? Taí, gostei. E vou admitir que agora, mais velha, tenho olhado mais para minha perseguida.
Aparo os pelos, faço depilação virilha cavada, depilo o ânus e mantenho a dita cuja nos trinques. E não é para marmanjo se lambuzar. Entendi que ali mora parte da minha transformação pessoal e quis dar um up na mocinha que, por mim, terá uma vida útil ainda bem longeva. Bora xerecar?