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Ana Claudia Paixão

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A jornalista Ana Claudia Paixão (@anaclaudia.paixao21) fala de filmes, séries e histórias de Hollywood
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Diálogo e compaixão: Malélova 2 atualiza a mensagem da Disney

A continuação da bem sucedida repaginação da A Bela Adormecida aborda questões atuais como refugiados e inclusão

Por Ana Claudia Paixão
17 out 2019, 18h24
 (Divulgação/Disney)
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Quando a Disney anunciou que Angelina Jolie seria Malévola na refilmagem de A Bela Adormecida, em 2014, não se imaginava que a atriz e ativista mudaria tanto o curso de como um clássico seria contado. Como protagonista, Angelina subverteu a perspectiva da história: sua Malévola (apesar do nome) não era “má” nem bruxa, ao contrário, era um ser mágico e uma heroína. Ao humanizar a vilã, Angelina Jolie conseguiu dar mais profundidade a uma história que é recontada há mais de dois séculos, batendo recordes de bilheteria ao redor do mundo.  Ela está de volta com Malévola 2: A Dona do Mal, de novo ao lado de Elle Fanning (Aurora) e Sam Riley (Diaval) e um elenco de estrelas que incluem Michelle PfeifferChiwetel Ejiofor.

A trama começa cinco anos após Aurora ter sido ‘adotada’ por Malévola. Agora uma jovem adulta, a princesa aceita se casar com o príncipe Felipe, o que em tese teria sido o final feliz de qualquer história, mas não quando a intolerância afeta as relações entre parentes, amigos e nações. Tudo piora quando a sogra de Aurora, a rainha Ingrith (Pfeiffer) é abertamente contra Malévola e os seres mágicos. Aurora, a única humana que transita entre os dois universos com coração aberto, tem que escolher um lado.

Malevola 2
(Divulgação/Disney)

Visualmente estonteante, Malévola 2: A Dona do Mal não surpreende tanto quanto o primeiro filme, afinal, já entendemos que vão inverter conceitos para ensinar os dois lados de uma questão. Se em Malévola a história abordava questões de date rape, reforçando o empoderamento feminino e tocando na questão de inclusão, em Malévola 2: A Dona do Mal, o foco é na questão dos refugiados e da intolerância. A própria Malévola tem que rever seu julgamento, apenas entendendo o outro lado é que se pode mudar de opinião.

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Mesmo sendo um filme infantil, há cenas de batalha, com consequências para ambos os lados. É interessante ver a Disney atualizando a sua mensagem de um mundo melhor sem apostar em sonhos virando realidade, mas sim esclarecendo que o importante é ter diálogo e compaixão.

A química entre Angelina Jolie, Sam Riley e Elle Fanning ajuda muito para diversão, mas é a participação de Michelle Pfeiffer que dá força à história. Ela consegue evitar a armadilha do caricato, traz veracidade para sua personagem e é uma das melhores surpresas de Malévola 2. Vamos acompanhar as bilheterias porque não há sutileza: Malévola 2: A Dona do Mal deixa anunciada a possibilidade de continuação.

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