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5 dicas de ouro para garimpar tapetes vintage

Especialista em garimpo ensina como avaliar uma peça antiga antes de fechar a compra

Por Nádia Simonelli
22 fev 2023, 08h55
como garimpar tapetes vintage
(Esteban Cortez/Apartment Therapy)

Além de beleza, conforto e praticidade, em 2023 a decoração deve se concentrar nas histórias e nas atmosferas que elas são capazes de criar nos ambientes. Isso é o que defende o Pinterest Predicts, o relatório de tendências elaborado pela plataforma com base no volume de buscas que recebe. E, segundo o estudo, vale tudo, como recriar um quarto antigo tradicional, misturar peças vintage de várias épocas — que podem ser herdadas da família ou garimpadas — ou usar móveis antigos misturados entre peças novas.

E entre as peças garimpadas em feiras de antiguidades e lojas de peças vintage, estão os tapetes. Mas, para garantir uma boa compra, é preciso ter atenção a alguns detalhes. Para isso, falamos com a expert Mariana Wakim, garimpeira de carteirinha e fundadora da Tapilogie. Veja logo abaixo!

1.  O que deve ser observado na hora de comprar um tapete vintage?

Segundo Mariana, antes de tudo é preciso saber o tamanho do tapete que você precisa para o cômodo. “Isso pode ser medido por meio do tamanho dos móveis com os quais o tapete fará a composição (sofá, mesa de centro, mesa de jantar, cama) ou, então, medir no chão qual é o espaço que você gostaria que ficasse coberto pelo tapete”, explica.

A segunda coisa, principalmente quando o assunto são peças garimpadas de segunda mão e que podem ter muitos anos de vida, é importante entender todas as imperfeições e marcas do tempo presentes na peça. “Lembre-se de olhar o estado dos cordões laterais, das franjas, da lã, além do estado de limpeza e eventuais manchas (entender se elas saem com lavagem ou não). É preciso entender também se você quer abraçar todas as imperfeições ou se prefere achar peças mais inteiras, seminovas”, afirma a especialista.

como garimpar tapetes vintage
(divulgação/CASA CLAUDIA)
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A terceira coisa é saber qual estilo você quer imprimir no espaço por meio do tapete. “Sempre digo que tapetes são a forma mais descomplicada de adicionar vida e personalidade a um décor: não é preciso furar ou derrubar paredes, nem pintá-las, basta estender um tapete para transformar profundamente um cômodo”, diz Mariana. Assim, se você quiser uma proposta vintage, com marcas do tempo, ela recomenda tapetes persas antigos, já para uma decoração contemporânea, peças com cores vivas, formas geométricas, como é o caso dos kilims, caem muito bem.

2. Tamanhos e materiais

Mariana separou algumas dicas para levar em conta na hora definir o tamanho do tapete:

Para sala de estar ou televisão: deve exceder ao menos 20 cm a largura do sofá de cada lado.

Para sala de jantar: deve exceder ao menos 60 cm de cada lado da mesa para abarcar também as cadeiras quando elas forem arrastadas.

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Para quarto: deve exceder ao menos 50 cm das laterais e do pé da cama.

Quanto ao materiais, a especialista em garimpo de tapetes, explica que os orientais, feitos à mão, são produzidos com materiais naturais, como lã, algodão e seda. Os modelos chamados Kilim não têm pelagem e são mais fáceis de manter no dia a dia — “algo importante de se levar em consideração caso tenha crianças ou bichinhos em casa”, lembra.

3. Existe uma maneira de saber se a peça é artesanal ou industrializada?

“Na Tapilogie, nossa curadoria busca sempre peças de segunda mão que tenham sido produzidas à mão, em países com tradição nessa confecção, como Irã, Afeganistão, Paquistão, Índia, Turquia, China, entre outros”, explica. Ela diz, ainda, que são peças que levam meses para serem confeccionadas — de seis meses a um ano ou até mais tempo —, além de serem frutos de uma tradição de tecelagem que remonta centenas de anos nesses países.

Se você estiver em busca de um tapete desse tipo, é importante observar algumas características para verificar se, de fato, trata-se de um tapete feito manualmente ou de uma versão industrializada:

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  • Olhe o verso da peça: “tapetes industriais podem levar uma camada de cola plástica no verso para firmar a pelagem ou, então, ter o verso coberto por um tecido de outra cor (na maioria das vezes em tom de cinza ou amarelado). Já os tapetes artesanais têm o verso idêntico à frente do tapete, sem tecido ou cola — o verso segue o desenho e o esquema de cores da frente do tapete. O verso também é onde você vai ver os pontos dos filamentos e conferir se a trama do tapete tem as incisões das fibras. E olhando essa parte é que você consegue ver tamanho, regularidade e espaçamento dos nós, características essenciais para determinar a origem do tapete”, explica Mariana.
  • Franjas: “são a urdidura interna do tapete, ou seja: são os fios verticais do tear onde são dados os nós. Em tapetes feitos à mão, as franjas são parte integrante de toda a confecção e não apenas adicionadas ao final. Em tapetes industriais elas são adicionadas à parte, então se a franja parece ter sido adicionada depois, como que avulsa ao todo, não se trata de um tapete feito à mão”, alerta.
  • Materiais: “tapetes orientais feitos à mão são confeccionados com materiais naturais como lã, algodão e seda. É importante observar os materiais empregados na peça para determinar se foi feita de forma artesanal ou industrial”.
como garimpar tapetes vintage
(divulgação/CASA CLAUDIA)

4. Todos os tapetes podem ser usados no chão e nas paredes?

“Com a maioria, é possível usar no chão e paredes. Acho que apenas não indicaria peças que sejam muito grandes, pesadas e densas em nós para parede — a não ser que seja super reforçada e haja todos os suportes suficientes para segurá-la no lugar. Para pendurar na parede, indico levar a peça em lojas de molduras para que eles costurem os suportes e você consiga pendurá-la com cuidado para não danificar o tapete — os suportes jamais devem ser colados, apenas costurados”, explica Mariana.

5. Como cuidar de um tapete vintage?

“Tapetes orientais, feitos à mão, tem uma manutenção relativamente simples no dia a dia”, avisa Mariana. Ela separou duas dicas pontuais para o cuidado das peças:

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  • Aspirar uma ou duas vezes por semana.
  • A cada um ano e meio ou dois anos é indicado levar as peças para lavagem com um profissional especializado em tapetes orientais. “Esses profissionais sabem exatamente a quantidade de água e produtos que podem ser usados neste tipo de peça para não danificá-la na lavagem. Lavar estes tapetes de forma amadora com água pode fazer as cores escorrerem, encolher a peça ou mudar seu formato”, diz.

Para finalizar, Mariana diz que um tapete oriental bem cuidado pode durar muitos anos.

 

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