O projeto The Girls On the Road quer descobrir e inspirar o empreendedorismo feminino pelo mundo
Você e as mulheres inspiradoras que você conhece também podem fazer parte!
Em tempos de crise, é quase impossível não pensar no empreendedorismo como alternativa. Transformar um hobby em renda, fazer cursos para seguir outros rumos em outra carreira ou começar um projeto novo que é um sonho antigo.
Taciana Mello e Fernanda Moura decidiram que era hora de empreender em um novo negócio, mas também ir além: descobrir o empreendedorismo feminino pelo mundo. As duas já estiveram em ambientes corporativos e no Vale do Silício, o destino mais famoso das startups do mundo, e perceberam a falta de mulheres nesses lugares.
De todas as empresas iniciadas no período de 2012 a 2015, apenas 7% têm líderes femininas e, no mundo, somente ⅓ dos empreendedores são do sexo feminino. A cultura do empreendedorismo do país impacta nesses números? Mulheres não encontram modelos para se inspirar na carreira? O que impede mais moças do mundo todo de se tornaram grandes empreendedoras? Em busca das respostas, Taciana e Fernanda fundaram o projeto The Girls On The Road, que parte para 20 países nos cinco continentes.
“As mulheres têm interesse em empreender, independente do país, mas elas encontram várias dificuldades: investimentos, a questão da autoconfiança (elas se duvidam mais do que os homens) e mulheres que estão em ambientes que têm menos modelos femininos, tendem a empreender menos”, afirma Fernanda. A ideia, como aponta Taciana, não é apenas buscar histórias inspiradoras, mas criar uma identificação que impulsiona quem quer começar seu negócio naquele lugar, naquela cidade que é retratada. “É importante também trazer histórias de países nos quais a cultura do empreendedorismo quase não existe. Eu quero que essa mulher que assiste aos vídeos se identifique com as dificuldades, com as histórias e também com o país.”
Essas diferenças culturais são bacanas para mostrar como cada lugar se mostra para as empreendedoras. “O Brasil é um país extremamente empreendedor, que chega quase ao equilíbrio dos gêneros, mas é motivado, em sua grande maioria, pela necessidade. No Japão por exemplo, você pode ter uma vida útil de trabalho até você casar ou engravidar – mesmo sendo um país desenvolvido e de primeiro mundo”, conta Taciana.
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Outra ajuda sempre muito importante (e por vezes decisiva) na vida dessas mulheres é com quem elas podem contar, como coaches, mentoras e mentores. “Além de trazer as visões e as histórias, a gente também quer mostrar o ambiente do empreendedorismo nesses lugares. Mentores e pessoas que, no geral, atuam especificamente apoiando o empreendedorismo feminino. Isso é importante para mostrar os problemas e as soluções encontradas no país para contornar as dificuldades”, explica Fernanda.
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O plano é arrumar as malas e partir para a fase 1 do projeto nos Estados Unidos, Canadá e México. A escolha dos destinos foi baseada no ranking Female Entrepreneurship Index (FEI), do Global Entrepreneurship and Development Institute (GEDI), mostrando os locais mais favoráveis e os menos. A cada país serão aproximadamente dois episódios, com uma reunião mais longa no final do projeto.
As inspirações vêm de todos os lugares, em todas as idades, cores, formatos e jeitos. Desde mulheres que empreendem aos 20 anos quanto aquelas que decidem começar aos 65. “Nos relatórios sobre empreendedorismo, a faixa etária apontada que as mulheres mais empreendem é dos 25 aos 45 anos. Mas o que queremos é trazer histórias que possam inspirar e mostrar para outras mulheres que elas também podem fazer o mesmo”, explica Fernanda.
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Quem tiver sugestões, dúvidas, elogios e inspirações tanto de personagens quanto de instituições que apoiam o empreendedorismo feminino, pode mandar pelos formulários de contato do site (em inglês), pelo Facebook, Twitter ou Instagram do The Girls On The Road.
Até o final deste mês, Fernanda e Taciana contam com uma campanha de crowdfunding para conseguir o apoio financeiro do projeto. Portanto, se você gostou, quer saber mais, conhece alguém que pode ajudar, vamos fazer uma rede de empreendoras por aí! #juntassomosmaisfortes