Achar seu propósito de vida é o segredo da felicidade
Todas nós recebemos do Universo como presente de nascimento um dom, algo que fazemos bem
Evitar o sofrimento e buscar a felicidade é um padrão de comportamento do ser humano. Passamos décadas à procura dela – é bastante tempo. Então, como somos capazes de levar uma vida toda sem encontrá-la? Porque estamos procurando lá fora, neste mundo impermanente.
Segundo a tradição milenar da Índia, a felicidade mora em outro lugar, mais perto do que imaginamos: bem dentro de nosso coração. Porém, desde que nascemos, somos domesticadas por conceitos predeterminados. São regras de conduta, crenças e condicionamentos que ficam gravados em nossa memória celular e influenciam nossas atitudes.
Precisamos mudar o rumo da vida, transferindo nosso ponto de referência de fora para dentro. Descobrir como fazer isso não é exatamente difícil. Na verdade, é um exercício. Um exercício de construção diária.
Pesquisas apontam que a felicidade pode ser construída dia a dia por meio de nossas escolhas. Depende muito de nós mesmas: precisamos ter a intenção de mudar, disciplina para fazer as escolhas certas e dar tempo ao tempo para edificar essa nova construção com alicerces sólidos e duradouros. Que tal tomar o compromisso consigo mesma de começar um treinamento aqui e agora?
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Aprendi com os mestres indianos que nenhum ser humano será realmente feliz enquanto não tiver encontrado o seu dharma, ou seja, seu propósito de vida. Todas nós recebemos do Universo como presente de nascimento um dom, algo que fazemos bem. E aí reside o grande segredo. Comece desde já a se observar. Analise sem julgar – procure observar apenas. Normalmente, você encontra esse dom quando nota que, enquanto faz essa coisa, o tempo passa sem perceber. Com base na descoberta, procure usar esse talento não somente em benefício próprio mas também em prol da humanidade.
Além de encontrar esse dom, devemos observar as leis que regem o Universo, vivendo dentro da boa conduta: integridade, honestidade, verdade, respeito ao próximo, compaixão, compreensão, não violência. A felicidade tem suas bases sólidas enraizadas nessa conduta correta.
Ter um posicionamento positivo perante a vida também traz felicidade para os nossos dias. Enxergar o copo sempre meio cheio, e não meio vazio. Acreditar que as coisas são como são e que há uma força maior que tudo rege e orquestra nossa existência da maneira mais perfeita. Faça sempre o seu máximo, agindo da melhor maneira possível e, a partir daí, confie.
Lembre-se da importância da meditação diária: esse é um hábito poderoso, capaz de mudar o ciclo da nossa vida, substituindo o círculo vicioso em que estamos enjaulados por um círculo virtuoso. Ao nos concentrarmos na respiração, transferimos nosso ponto de referencia de fora – do mundo ilusório de formas e matéria – para o campo da pura potencialidade que existe no âmago do nosso ser. Tem tudo a ver com a busca. E é aí que reside a felicidade, bem dentro do coração.
Também é essencial incorporar o hábito da gratidão na rotina. Acorde agradecendo e durma agradecendo: ao fazermos isso, nosso corpo libera ocitocina e dopamina, os chamados “hormônios da felicidade”. Pensando bem, é simples, não é? Tente!
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