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Rótulos da maquiagem: aprenda como ler e como identificar dermomakes

Ingredientes e concentração afetam no resultado do seu make

Por Lorraine Moreira
20 mar 2023, 09h44

Por trás de cada base, sombra e qualquer outra maquiagem existe uma série de componentes, que determinam a qualidade dos produtos. Os consumidores, ao ler os rótulos, têm acesso a essas informações e, consequentemente, fazem melhores escolhas – ou pelo menos deveria ser assim. A verdade é que muitas vezes não compreendemos boa parte dos ingredientes descritos, principalmente quando nos deparamos com conceitos novos, como o de dermomake. Para entender melhor o que estamos comprando e optar por itens que realmente sejam benéficos, fomos falar com especialistas no assunto. 

O que é dermomake

Embora “dermomake” seja muito utilizado, não existe regulação na Anvisa sobre o termo e, portanto, não há regras claras sobre o que caracteriza ou não. “Em teoria, são maquiagens que, além de cumprir a função de maquiar, cuidam da pele, como produtos de skincare. Mas, na verdade, é usado pelas empresas como estratégia de marketing para conseguir mais clientes por meio da ideia de que o produto vai causar milagres à pele”, pontua Marília Tamaki, que é farmacêutica e analista de pesquisa e desenvolvimento da Creamy.

O que existe, em termos de classificação da Anvisa, é o grau 1 e grau 2. O primeiro é composto por produtos simples, como hidratantes ou voltados ao público infantil; o segundo fala sobre comprovação da eficácia, ou seja, do que prometem, explica a farmacêutica. “Se estamos falando de uma maquiagem que tem eficácia específica como antiacne, antioleosidade, melhora de firmeza da pele ou diminuição de rugas, essa maquiagem deveria ser enquadrada como Grau 2 no registro da ANVISA, por exemplo”, exemplifica a farmacêutica. 

Pesquise os ingredientes da sua maquiagem

“A lista de ingredientes é útil não só para quem tem alergia ou hipersensibilidade, como também para entender os componentes daquela fórmula”, explica. Os rótulos, no entanto, apresentam nomes químicos padronizados, que são importantes para quem trabalha e estuda o assunto, mas geralmente não são compreendidos pelo público leigo. Além de pesquisas no Google serem úteis para descobrir o que significa cada componente, acessar a lista de ingredientes em cosméticos proibidos pela Anvisa evita problemas.

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Concentração dos ativos

Ao ver pequenas concentrações no rótulo, é comum se assustar e achar que o produto não trará resultados positivos na pele, mas isso não é verdade. “Alguns ingredientes não necessitam de altas concentrações para ter efeito, como exemplo o retinol, que inclusive é permitido em cosméticos no Brasil apenas até a concentração de 0,3%.” Na hora de analisar a composição, tudo isso deve ser considerado. 

mulher se maquiando
Concentração do ativo é um dos fatores que determinam qualidade do produto. (Karolina Grabowska/Pexels)

A ordem dos fatores altera o resultado!

A quantidade dos componentes afeta a qualidade do produto, e, embora não seja uma regra, a maioria dos fabricantes apresenta a concentração de forma decrescente. Além disso, ao lado do nome há a porcentagem com a presença de cada ativo. “Ainda que os produtos e quantidades sejam iguais em dois produtos diferentes, eles provavelmente não vão ter o mesmo resultado porque são de fornecedores distintos, o que impacta na qualidade do ativo”, afirma a especialista.

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Ativos que você deve evitar

Além da lista de ingredientes proibidos pela Anvisa, uma dica é ver as avaliações do Comitê Europeu sobre a segurança de utilização de ingredientes em cosméticos. “Existe uma base de dados de ingredientes cosméticos chamado CosIng, da União Europeia. Lá tem todos os ingredientes cosméticos pelo seu INCI (nome químico padronizado) e sua função”, indica, e lembra: ”Sempre tendo em mente que mais do que o componente em si, é importante pensar na concentração a que estamos expostos. E, caso tenha dúvidas, pode encaminhar sua pergunta ao SAC da marca, que pode te explicar com detalhes como cada ingrediente funciona.”

Quando não bem formulados, chumbo e alumínio, por exemplo, podem estar em concentrações elevadas, prejudicando a pele. Nesse caso, então, depende de quanto tem no produto. Outro ponto de atenção são as próprias marcas: “Algumas delas, ao invés de usar ingredientes de grau cosmético, utilizam de grau industrial, com maior concentração de resíduos e que podem irritar a pele com maior facilidade”, termina Marília. Prefira, então, quem comprova seguir as orientações da Anvisa.

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