Com qual idade atingimos o auge da tristeza? Estudo revela
A ciência descobriu que as pessoas experimentam o pico de tristeza nesta faixa etária; entenda o fenômeno por trás disso e como lidar com ele
Você sabia que as pessoas atingem o auge da tristeza por volta dos 40 anos? Não é balela: o economista David G. Blanchflower, da Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos, pesquisou os níveis de satisfação com a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo e provou a crise dos 40 anos. Mas uma série de fatores está ligada à questão.
Com qual idade a tristeza atinge seu auge?
O estudo de Blanchflower descobriu que a felicidade ao longo da vida pode ser representada pelo U. Se na infância temos um pico de satisfação, com o passar do tempo essa felicidade diminui até atingir o ponto mais baixo na faixa dos 40 anos.
De acordo com o economista, o auge da tristeza chega em média aos 47,2 anos em países ricos, enquanto nos países em desenvolvimento a média é de 48,2 anos.
Depois dessa fase de tristeza, os níveis de felicidade sobem novamente. E, segundo o pesquisador, isso acontece porque há maior aceitação das mudanças e a superação de desafios. Mas por que a crise dos 40 anos existe?
Por que a crise dos 40 anos acontece?
A famosa “crise da meia-idade” chega para muita gente. E não à toa: “Esse período é marcado pela percepção de que uma parte significativa da vida já passou, trazendo questionamentos sobre realizações, arrependimentos e o tempo restante”, explica a psicóloga Marília Scabora, fundadora da Tribo Mãe.
Esse momento de reflexão profunda, logicamente, está ligado ao caminho percorrido até então. “É comum porque, ao longo das décadas anteriores, muitas pessoas estão focadas em construir carreira, formar famílias ou alcançar objetivos materiais. Aos 40 anos, há uma pausa que provoca a necessidade de reavaliar valores, prioridades e, muitas vezes, reconfigurar a própria identidade”, diz ela.
Como lidar com a crise dos 40 anos?
Como tudo na vida, a “crise da meia-idade” passa. Mas como lidar com ela? O primeiro passo é “reconhecer e aceitar as mudanças que vêm com o tempo, incluindo os ganhos emocionais e de maturidade“, afirma a psicóloga.
Além disso, esse momento pode ser aproveitado para entender os próprios desejos, redefinir objetivos e estabelecer novos sonhos. “Em vez de ver a crise como algo negativo, ela pode ser encarada como uma fase de renascimento, em que o indivíduo escolhe novas metas que estejam alinhadas com quem ele é agora”, afirma Marília.
Como lidar com a sensação de que a vida está passando muito rápido?
A sensação de que a vida está passando muito rápido pode aparecer em qualquer momento, inclusive na crise dos 40 anos, mas para isso há uma maneira de lidar.
“Sentir que a vida está passando rápido é natural, mas também pode ser um convite a viver com mais presença e intenção. É importante aceitar essas emoções e olhar para elas como uma oportunidade de renovação”, indica a especialista.
“Focar no presente, valorizando o que foi conquistado e ajustando o foco para o que traz real satisfação, fazer terapias e adotar práticas de mindfulness podem ajudar a cultivar uma visão mais positiva e serena sobre o passar do tempo”, finaliza Marília.
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