5 dicas para monogâmicos curtirem o Carnaval sem acabar com a relação
Ir acompanhado para os bloquinhos, apostar no diálogo e se jogar em fetiches podem ajudar a tornar o Carnaval mais divertido entre os casais monogâmicos
Apesar do Carnaval ser a época perfeita para os solteiros (alô bloquinhos e pegação) ou fãs de folia, o período também pode fazer alguns casais entrarem em crise. Isso porque, no meio desse fuzuê, muitos acabam experimentando sentimentos como o ciúmes e aquela mania de sair se comparando com a galera. Sendo assim, quem não quer abrir mão da farra, mas vive num relacionamento monogâmico, deve se atentar a alguns detalhes para não colocar tudo a perder.
Pensando nisso, a sexóloga Claudia Petry dá cinco dicas para quem deseja curtir o Carnaval sem provocar discussões ou até rompimentos no vínculo amoroso. Confira:
1. Tente levar o seu crush
O melhor dos dois mundos é curtir os bloquinhos ao lado da parceria. Porém, caso isso não seja possível (seja por conflitos de agenda ou quaisquer outros motivos), lembre-se que a monogamia é baseada em dois pilares: respeito e confiança.
“Se o seu parceiro não pode ir, pense em como ele irá se sentir com isso. Também é importante que a pessoa ausente no bloquinho olhe para si e veja o quanto aquilo é confortável ou não, para que uma mágoa não seja gerada no futuro”, explica a especialista.
2. Cuidado com a bebedeira
Todo mundo sabe que, depois de algumas doses de álcool, a probabilidade de sermos impulsivos é grande. Portanto, Claudia indica que os comprometidos reduzam a bebedeira (e evitem quaisquer tipos de entorpecentes) na hora de curtir o bloquinho. “Entenda as suas motivações para estar ali e o quanto você respeita o seu relacionamento. Pense nos acordos da parceria e se mantenha fiel àquilo que você decidiu e o que acordou com a outra pessoa”, aconselha.
3. Lidando com o ciúmes
Para Claudia, é importante entender que há uma diferença entre um olhar de admiração e um olhar sexual. Portanto, caso esteja curtindo o carnaval com a sua parceria, tente não ficar mergulhando em muitas paranoias constantes. Agora, caso tenha observado algo desagradável, não hesite em compartilhar: “Não deixe passar o dia inteiro para falar, transformando aquela vivência numa crescente de desconforto. Manifeste o incômodo logo de início, assim há menos chances das coisas saírem do controle”, clarifica.
4. Se jogue no ménage (caso todos queiram!)
Pode parecer incomum, mas muitos casais chegam a abrir a relação para conseguirem aproveitar a pegação nos bloquinhos. Obviamente, esta pode ser uma decisão um tanto quanto radical para os monogâmicos. E é justamente nestes casos que o ménage se torna uma saída extremamente atrativa.
“O sexo à três torna-se muito mais fácil do que ter uma relação aberta no Carnaval. Mas sempre gosto de reiterar: é essencial ter maturidade para isso. Os parceiros precisam conversar bastante e conseguir visualizar aquela cena. Ou seja, imagine como seria ver a pessoa amada transando com um terceiro, e se aquilo te deixa tranquila”, aconselha.
Ela esclarece que muitos casais erotizam a cena do ménage enquanto transam, usando apenas a imaginação para buscar excitação. Porém, quando este fetiche realmente se concretiza, inúmeras inseguranças vêm à tona: “Aí entram aquelas comparações clássicas: ‘ah, você parecia estar gostando mais do sexo com a outra do que comigo’, ou ‘você não faz dessa forma quando somos apenas nós dois’.”
Para não cair nessa armadilha, a profissional indica que as pessoas visualizem o ménage para além do que pretendem fazer. Assim é possível enxergar até onde nos sentimos confortáveis. E claro: caso se sinta mal durante a transa com terceiros, não hesite em expressar o desconforto. “O casal pode até ter uma palavra de segurança. É muito útil que exista esse combinado que possibilite a interrupção da interação.”
5. A traição rolou… e agora?
De acordo com Petry, a traição nada mais é do que descumprir um combinado. Caso isso aconteça durante o Carnaval, o primeiro passo é compreender como a infidelidade te afeta emocionalmente: “Sim, é possível perdoar, mas a que custo? É necessário pensar no que aconteceu para tomar uma decisão assertiva. Às vezes é saudável seguir juntos, e em outras o mais aconselhável é se afastar um pouco para tomar uma decisão no futuro”, diz.
A sexóloga pontua que, muitas vezes, passamos por cima de nossos valores para perdoar o outro a qualquer custo. Contudo, isso acaba trazendo uma atmosfera de desconfiança e instabilidade para o relacionamento. “Também há a questão dos joguinhos de poder, que acontecem quando o indivíduo culpabiliza o outro para mantê-lo inferiorizado. Isso definitivamente é tóxico. Nestes casos, o melhor é encerrar aquele ciclo e identificar como cada um pode (ou não) se encontrar no futuro”, indica.