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Ménage, BDSM, sexo em público: esses são os fetiches favoritos no Brasil

51% dos brasileiros considera que o sexo a três é seu maior fetiche, de acordo com o Censo do Sexo, pesquisa realizada pela Pantynova

Por Joana Oliveira
Atualizado em 1 nov 2022, 15h28 - Publicado em 26 out 2022, 08h03

São muitos os fetiches que rondam o nosso imaginário e que ajudam a tornar as relações mais interessantes e quentes. O sexo a três, por exemplo, é a maior fantasia dos brasileiros. 51% considera essa sua grande fantasia, de acordo com o Censo do Sexo, pesquisa realizada pela Pantynova, que ouviu 1.813 pessoas de todos os gêneros, orientações sexuais e residentes de todas as regiões do Brasil.

O famoso ménage à trois é campeão absoluto entre héteros, homossexuais, bissexuais e pansexuais. A prática de BDSM (bondage, disciplina, dominação-submissão e sado-masoquismo) fica em segundo lugar, junto com a fantasia de fazer sexo em público. Depois, aparecem ainda a chuva dourada (ou golden shower), o cross dressing e o fetiche por pés.

Para os heterossexuais, o sexo anal aparece como segundo fetiche mais desejado, seguido pelo sexo em público. Já para os bissexuais, o tesão pelo risco de ser flagrado numa rua ou num parque vem em terceiro lugar, depois do BDSM. Entre os homossexuais, o BDSM também é vice-campeão, seguido pelo voyeurismo. Os pansexuais querem experiências a três, BDSM e sexo em público, nessa ordem. Mas será que tudo que é tabu é, necessariamente, um fetiche

A psicanalista Joana Waldorf explica que eles apontam para um desejo de quebrar regras, que está intrinsecamente associado ao prazer. “As fantasias sexuais têm a ver com os roteiros que a gente cria e conhece para obter excitação. O fetiche constitui um desvio da sexualidade dita normal, que corresponde ao que se estabeleceu como regra. Logo, ele sempre estará relacionado aos tabus da época e, como todo tabu, basta proibir, dizer ‘não pode’, que a excitação é certa”, diz ela. 

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E há maiores tabus do que sexo com mais de uma pessoa, BDSM e transar em público? “O sexo a três, por exemplo, foge à norma monogâmica. O BDSM fala de controle, dor, sadismo e masoquismo, sentir e infligir dor. A dor durante muito tempo foi associada a absolvição de pecado, práticas como expiação, ‘purificação’ dos corpos impuros. Em relação ao sexo em público, a excitação muitas vezes aparece por envolver o risco do flagra, além de um certo exibicionismo. Sem contar que, por lei, se trata de um atentado ao pudor. Tudo isso, de certa forma, passa por proibições, inclusive jurídicas, que acabam por aumentar a tensão das práticas e fantasias”, acrescenta a psicanalista. 

Sex toys

O Censo do Sexo também revela que 52% das pessoas que usam brinquedos sexuais dizem ter uma vida sexual mais satisfatória. De acordo com a pesquisa, aquelas que investiram em brinquedos eróticos relataram aumento da conexão com o parceiro ou parceira, enquanto 53% sentiram melhorar suas relações sexuais com outra pessoa. Outros 37% aumentaram a frequência das transas, e 52% perceberam um aumento na frequência de orgasmos. 

52% das pessoas que possuem sex toys têm uma vida sexual mais satisfatória, segundo Censo do Sexo, da Pantynova.
52% das pessoas que possuem sex toys têm uma vida sexual mais satisfatória, segundo Censo do Sexo, da Pantynova. (Pantynova/Reprodução)

O sexólogo Félix Neto considera que esse “aumento da felicidade” ao adquirir um sex toy está associado ao fato de que, para pessoas solteiras, possuir um produto erótico é um sinal de liberdade, de que elas, de fato, são donas de seu prazer e de seu próprio corpo. Já para quem está num relacionamento, é uma redescoberta das possibilidades que podem ser exploradas com a parceria. “Investir em brinquedos sexuais pode te levar a um nível superior das experiências de prazer que cada um já experimentou até então. É encontrar um novo estímulo, uma nova sensação e que pode ser vivenciada a sós ou em companhia de alguém. E estar feliz, sexualmente falando, promove uma onda de diversas outras melhorias na vida pessoal e no trabalho, por exemplo”, comenta o especialista. 

Derek Derzevic, pesquisador e um dos fundadores da Pantynova, celebra que pesquisas como o Censo do Sexo mostrem que os brasileiros estão mais à vontade para falar de sexo. “A pesquisa é um start para muitas conversas. Entendemos que os dados vão nos ajudar a ampliar ainda mais o diálogo sobre o tema no país, e nosso objetivo é justamente desmistificar tabus e empoderar as pessoas em relação a sua sexualidade, que deve ser tão cuidada quanto outros aspectos da saúde e da vida, em geral”, diz.

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