Argentinas farão greve em protesto ao feminicídio e violência contra a mulher
Protesto acontece nesta quarta (19) na Argentina e em outros países da América Latina
Diversas organizações populares na Argentina convocaram uma greve de mulheres nesta quarta (19) em protesto pela morte da jovem Lucía Pérez, que foi drogada, estuprada e morta por empalamento no começo de outubro na cidade de Mar del Plata.
O movimento #NiUnaMenos, ou “nenhuma a menos”, em tradução livre, convoca as mulheres a vestirem roupas pretas, pararem de trabalhar das 13h às 14h e depois compareçam em uma manifestação marcada para às 17h no Obelisco da Avenida 9 de Julio, em Buenos Aires, capital do país. Mulheres de outros países da América Latina, como Chile, Nicarágua e Uruguai também estão organizando protestos.
As investigações da polícia indicam que Lucía Pérez foi vítima de uma gangue de traficantes. Depois de terem drogado, estuprado e matado Lucía, os agressores deram banho, vestiram a jovem e a levaram até um hospital, onde afirmaram que ela teria sofrido uma overdose.
Em 2015, após uma série de manifestações e protestos à violência contra a mulher, o governo argentino criou um registro nacional de feminicídios. De acordo com um relatório feito pelo órgão, apenas no ano passado 235 mulheres foram vítimas de feminicídio na Argentina.