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Por que mais mulheres têm entrado nas universidades?

Pesquisa investiga motivações por trás dessa tendência global; uma delas pode ser que as mulheres precisam mais do ensino superior para aumentar seus salários

Por Letícia Paiva
Atualizado em 31 out 2016, 11h31 - Publicado em 13 Maio 2016, 13h44
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  • Apesar da desigualdade de gêneros geralmente pender para o lado feminino, mais mulheres têm entrado em cursos superiores do que homens. Essa é uma tendência global, de acordo com pesquisa do Higher Education Policy Institute (HIPE), da Grã-Bretanha. Prova disso é que mulheres no Reino Unido têm, atualmente, 35% mais chances de ir para a universidade do que os homens. O estudo, assinado por Nick Hillman e Nicholas Robinson, investigou as motivações por trás desse quadro. 

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    Se essa tendência continuar, uma menina nascida em 2016 tem 75% mais probabilidade de entrar em um curso superior do que um menino. A pesquisa aponta que a probabilidade de ir para a universidade é baseada no desempenho no ensino fundamental e médio, sendo que as meninas têm ido melhor em ambos. 

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    Em 1990, existiam 34 mil mulheres se graduando nas universidades britânicas, contra 43 mil homens. Em 2000, as posições se inverteram e 133 mil mulheres passaram a entrar no curso superior, enquanto 110 mil homens seguiam o mesmo caminho. Essa diferença tem se acentuado. No ano passado, existiam quase 300 mil mulheres a mais na universidade do que homens. 

    Uma das teorias desenvolvidas pela pesquisa é que as mulheres são mais beneficiadas ao fazer um curso superior. A diferença de remuneração entre mulheres graduadas e não-graduadas é muito maior do que quando se compara a remuneração entre homens graduados e não-graduados. 

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    O estudo incluiu dados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) sugerindo que os meninos têm menor probabilidade de trabalhar duro na escola e ler por prazer, além de serem mais propensos a evitar a escola e as lições de casa. 

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    Outra interpretação é que muitas das profissões ocupadas majoritariamente por mulheres passaram a exigir curso superior, o que antes não era requerido. Um exemplo é a graduação em enfermagem – muitas profissionais sem a formação universitária e que atuavam na área se matricularam no curso. 

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    No Brasil, as mulheres também são maioria no ingresso e na conclusão de cursos superiores. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), em 2013, o percentual médio de ingresso de alunas até 2013 foi de 55% do total em cursos de graduação presenciais. Entre concluintes, o índice sobe para 60%.

    Por aqui, a forte presença feminina ainda está mais atrelada à área de ciências humanas. Como exemplo, em 2011, 64% dos bolsistas do CNPq (Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico) da área de ciências exatas e da terra eram homens e 66% em engenharia e computação. 

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