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Leitora de CLAUDIA fala sobre deixar trabalho pelos filhos

Maria Tereza Machado afirma que quer voltar a estudar e trabalhar, mas que, por enquanto, escolheu essa rotina

Por Da Redação
Atualizado em 27 out 2017, 09h00 - Publicado em 27 out 2017, 09h00

Seja quem for a mulher que cada uma escolher ser, CLAUDIA está pronta para dividir esse caminho com elas. A gente quer estar com você, leitora, nesta trilha pela igualdade de direitos e oportunidades. Nenhuma de nós está mais sozinha. E, juntas, somos muito mais fortes e chegaremos muito mais longe.

Nós somos as mulheres que não mais esperam pela bênção da sociedade para reivindicar o que é nosso. E nós sabemos que, não importa qual seja nosso desejo, não importa qual seja nossa escolha, nós temos direito.

Inspire-se na história de Maria Tereza Machado, 37 anos, de Recife.

#EuTenhoDireito de ficar em casa com as crianças 

Morava nos Estados Unidos com meu marido e nossos dois filhos quando minha mãe descobriu que estava com câncer. Voltei para Recife. O caçula, Emanuel, tinha apenas 1 ano, e eu ainda estava amamentando. O combinado era que meu marido juntaria dinheiro e viria depois. Nesse meio-tempo, eu e mamãe compramos um restaurante e assumi a gerência. Com tantas responsabilidades, me ausentei da criação dos filhos. Trabalhava de segunda a sábado e no domingo estava exausta, impaciente. Depois de três anos, minha mãe faleceu. Ela era minha referência para tudo e me ajudava financeiramente. Também me separei do meu marido. Perdi o chão.

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Continuei levando o restaurante sozinha. Para isso, contava com uma rede de apoio que cuidava dos meninos – a babá, o perueiro escolar… Passei a receber cada vez mais ligações da escola porque meu menino mais velho, Gabriel, hoje com 10 anos, estava se envolvendo em brigas, apresentando um comportamento agressivo. Eu chegava em casa e dava bronca. Ouvia reclamações, pois nunca ia aos eventos da escola, às reuniões ou treinos de futebol. Emanuel também apresentou problemas.

Enquanto a sala toda começava a ler, ele mal identificava as letras. Eu vivia angustiada, aflita. E pensava na minha infância. Minha mãe trabalhava e nunca foi presente. Ela não me ensinou a andar de bicicleta, não tenho memórias de momentos afetivos com ela nessa fase. Fui criada pela babá e minha avó. Não queria isso para meus filhos, desejava fazer parte da infância dos dois, vê-los crescer. Percebi que não adiantava a correria, o dinheiro, o status.

No ano passado, vendi o restaurante. Fui muito criticada. Ouvi que eu ia enlouquecer, não aguentaria ficar em casa. Mas meu coração pedia isso, valia a minha tranquilidade de mãe. Cortei luxos do orçamento, como manicure toda semana, personal trainer, assessoria de corridas para provas de meia maratona. Conversei com o pai dos meninos e negociamos uma pensão.

Desde o começo do ano, passo o dia com eles. Levo-os à escola, aos treinos, à terapia. Uma vez por semana, fico sozinha com Gabriel. Vou aos jogos de futebol dele, busco amigos para brincar. A melhora é impressionante. Tenho certeza de que o amor de mãe os fez mudar. Eles se tornaram mais carinhosos, dóceis, abraçam, beijam. Gabriel parou de arrumar confusão e Emanuel está quase lendo sozinho. Conquistei minha paz. Fora isso, me sinto amada, vejo que construímos uma relação de cumplicidade. Mais para a frente, quero voltar a estudar, trabalhar, mas agora essa é minha rotina. Se eu vou me arrepender da decisão no futuro? Não sei, mas sigo o que acredito estar certo agora.”

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