Dinheiro: 6 dicas para sair do vermelho e colocar as finanças em ordem
Larissa Brioso, educadora financeira, dá dicas essenciais para quem quer quitar todos os débitos e começar a poupar
Aos menos 67,5% das famílias brasileiras estão endividadas – como aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A pandemia, a crise financeira provocada por ela e o grande impacto no mercado de trabalho foram os principais responsáveis pelo cenário. Apesar de ainda não termos certeza de quando a situação passará, é fundamental tentar quitar todas as dívidas o quanto antes.
A educadora financeira da plataforma de controle financeiro Mobills, Larissa Brioso, forneceu algumas dicas que são essencial para quem deseja retomar uma vida financeira saudável. Confira:
1. Realize um diagnóstico financeiro
“A partir do momento que você conhece sua realidade financeira e estabelece onde quer chegar, passa a entender e refletir sobre quais hábitos precisa mudar para alcançar seus objetivos”, afirma Larissa.
Para entender em que ponto você está, faça perguntas a si mesma. “Quanto que eu ganho?”, “Qual é a renda líquida mensal, isto é, já com os impostos descontados?”, “Quais são os meus principais gastos?”, “Eu possuo dívidas?”.
2. Faça um levantamento de dívidas
“Se entendi que estou endividada ou que não lido bem com dinheiro, que tenho o costume de fazer compras por impulso, que não sei usar o cartão de crédito de forma saudável, entre tantas outras coisas, o aconselhável é fazer um levantamento de todas as dívidas, conhecer quem são os credores com quem eu apresento débito, quanto devo para cada e quais são as taxas de juros de cada um”, aconselha a educadora financeira.
3. Organize as dívidas
“Após o levantamento, recomendo que organize as dívidas da maior para a menor taxa de juros, porque quanto maior forem os encargos, maior será o valor pago. É importante quitar essas dívidas primeiro para que elas não acumulem ainda mais juros e crie uma bola de neve maior”, diz.
4. Liquidando as dívidas
“Tente negociar com o credor dividindo a dívida em parcelas menores, que caibam dentro do orçamento, abatendo parte da dívida ou trocando dívidas mais caras por dívidas mais baratas. Por exemplo, se a pessoa tem uma dívida enorme no cartão de crédito, com altas taxas, é interessante contratar um empréstimo para quitar as dívidas do cartão e ficar pagando somente as dívidas do empréstimo, que pode ser feito dentro do seu orçamento”, esclarece a especialista.
5. Controle os seus gastos
“A questão do controle financeiro é fundamental, independente de onde você quer chegar e do seu ponto de partida. Se não criarmos o hábito de fazer o controle do nosso dinheiro, dificilmente vamos conseguir seguir o nosso plano e alcançar as metas”, defende Larissa.
“Existem diversas ferramentas para isso, como aplicativos de controle financeiro, incluindo o Mobills, ou ferramentas mais básicas, como uma planilha de gastos no Excel ou um caderninho e caneta, para quem realmente não é fã de tecnologia. Qualquer que seja a escolha, gerenciar os gastos, a entrada e a saída do dinheiro, assim como analisar o nosso desempenho, é essencial.”
6. Busque conhecimento
“A partir do momento que você entende mais sobre finanças, você tem mais liberdade para escolher tudo aquilo que você realmente deseja de maneira consciente. Busque informações nas plataformas que você se sentir mais a vontade”, diz.
“Se você se sentir mais confortável com conteúdo textual, existem diversos livros com materiais ricos sobre finanças disponíveis em blogs e outros sites. Fora isso, temos tem o YouTube e, atualmente o Instagram, com diversos influenciadores digitais que disponibilizam material gratuito e que contribuem para a educação financeira.”
Dica extra: poupe e planeje-se!
Se você finalmente conseguiu sair do vermelho ou se, felizmente, nunca esteve mergulhada em dívidas, mas ainda assim não tem o costume de guardar dinheiro, a dica é fazer uma reserva de emergência. “É fundamental, principalmente nesse cenário de pandemia, construir uma reserva financeira que vai ajudar a superar imprevistos”, alerta a especialista.
“Definir objetivos de curto (até 2 anos), médio (entre 2 e 5 anos) e longo prazo (acima de 5 anos) também é de extrema importância para que você possa seguir à risca o planejamento financeiramente com base nos seus desejos futuros e não sofra com imprevistos.”