A menstruação de Ceci Ferraz começou a falhar quando ela tinha cerca de 47 anos, ela não se lembra bem da época porque, fisicamente, não foi um período desafiador. Ela não se sentia cansada, não teve episódios de perda de memória ou os incômodos fogachos. Uma sortuda, já que 80% das mulheres enfrentam sintomas desagradáveis com a chegada da menopausa.
Já emocionalmente, a história foi outra. “Criei coragem para tomar uma das decisões mais difíceis da minha vida”, lembra, “me separei do pai das minhas filhas, um casamento de quase 25 anos”.
“Parei para pensar como estava minha vida, o que tinha feito até aqui. Só tive forças para o divórcio quando a menopausa chegou”
Ceci Ferraz, dentista
A vontade já existia, mas o início de uma nova fase de vida foi o impulso que estava faltando. “Senti que precisava ser mais eu. Já tinha passado o tempo de me doar para minhas filhas e não queria passar o resto dos meus anos vivendo a vida de outras pessoas, acho isso importante”, recorda.
Para Ceci, essa é uma armadilha comum colocada para as mulheres, passar a vida se doando para os outros. E se não há projetos próprios, passar pela menopausa fica ainda mais difícil. “É uma fase desafiadora, mas vale a pena se cuidar porque tem muita coisa boa ainda para viver”, reforça a ginecologista, professora emérita da Unicamp,Ilza Monteiro.
E foi o que Ceci fez e colheu ótimos resultados. A dentista, que tem hoje 64 anos, passou a dedicar mais horas a seu trabalho e a intensificar seus treinos de musculação, já que o esporte foi sempre uma paixão.
Desde jovem gostava de correr, algo nada comum para mulheres nos seus anos de juventude e chegou a ser triatleta. Atualmente, treina 5 vezes por semana e acredita que o exercício é essencial para a vida cheia de possibilidades que leva.
“Sempre que faço algo mais desafiador no meu treino, levo isso para fora da academia. Se consigo me superar com os pesos, os problemas da vida também podem ser resolvidos”, afirma.
O cuidado com o corpo, que também inclui uma alimentação saudável, provavelmente também evitaram novas doenças. “É uma fase em que é comum o colesterol subir ou quadros depressivos aparecerem”, conta a médica Ilza Monteiro. E, apesar da predisposição genética, Ceci não teve nenhum desses problemas.
Do lado amoroso, depois de um ano separada, conheceu o atual marido e lá se vão outros 13 anos de casamento. “Não acredito mais nisso de ter uma pessoa que me complemente, sou inteira. Ele é um homem que me valoriza e eu valorizo ele também, é meu companheiro”.
“É uma fase bastante intensa, com muitas mudanças, mas que tem o seu valor na vida da mulher. A gente tem que saber aproveitar para tirar o melhor que puder dela”
Ilza Monteiro, ginecologista e professora emérita da Unicamp
E com essa rotina de autocuidado, boa alimentação, filhas crescidas, exercícios e namoro, considera que está vivendo uma das melhores fases da vida.“Tem muita coisa boa para experimentar depois da menopausa”, comemora.
Saiba mais sobre essa e outras histórias sobre menopausa na revista CLAUDIA deste mês. E nos siga nas redes sociais para acompanhar depoimentos de quem está atravessando a menopausa!
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