Prevenção de câncer de mama em mulheres negras esbarra no acesso ao autocuidado
Oncologista convidada da Casa Clã MAMA fala das barreiras enfrentadas por mulheres negras e indígenas
A jornada contra o câncer de mama costuma começar em uma fase mais avançada para mulheres negras. Em grande parte, a demora do diagnóstico é o que impede um tratamento com maiores chances de cura. Apesar do acesso à informação ainda ser uma barreira, a oncologista Ana Amélia Viana acredita que a percepção delas sobre a importância da prevenção está mudando.
“Não é como se elas não soubessem o que precisam fazer. Algumas me dizem: ‘eu sou a chefe da minha família, eu não quero adoecer, sei que preciso me cuidar, mas não estou conseguindo’”, conta a especialista.
Conscientização no câncer de mama
O desafio para que esse autocuidado se realize começa, muitas vezes, nas ações de conscientização em que mulheres negras nem sempre são representadas em suas particularidades.
“A falta de se enxergar nas campanhas afasta a paciente do entendimento de que aquele cuidado também é pra ela”, afirma a médica, uma das convidadas da Casa Clã MAMA, evento de CLAUDIA e VEJA SAÚDE que acontece no dia 04 de outubro, em São Paulo.
A incidência de câncer de mama é menor em mulheres indígenas, segundo o SUS (Sistema Único de Saúde), mas isso não significa que estejam livres do risco da doença. Para elas, a conversa sobre prevenção e tratamento esbarra em questões diferentes.
“Quando chegamos a uma população indígena, precisamos de toda uma estrutura, cuidado e até de um interlocutor para que a mensagem chegue de maneira eficaz. As barreiras culturais também são mais intensas e difíceis de quebrar”, ressalta a oncologista.
A especialista acredita que a forma como as mulheres são acolhidas e tratadas é tão importante quanto o tratamento, e defende a importância de que profissionais de saúde se reeduquem em relação a preconceitos raciais e sociais.
“O cuidado em saúde deve ir além da medicação e incluir aspectos como determinantes sociais, saúde mental e o racismo que afetam essas populações”, afirma.
Como participar da Casa Clã MAMA
A participação na Casa Clã MAMA é totalmente gratuita, basta garantir seu ingresso no site Sympla, clicando aqui.
O encontro acontece no dia 04 de outubro, a partir das 08h00, no Casarão Higienópolis, localizado na Avenida Higienópolis, 758, em São Paulo. A programação segue até às 18h30.
Confira a programação completa da Casa Clã MAMA.
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