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Melatonina realmente nos ajuda a dormir? Entenda mais sobre o medicamento

Aprovada para venda no Brasil desde o início do ano passado, a melatonina ainda está cercada por dúvidas e mitos

Por Kalel Adolfo
17 abr 2023, 08h00

Você provavelmente já ouviu falar sobre a melatonina, medicamento que passou a ser vendido em território nacional desde o início do ano passado. Muitos afirmam que a substância é ideal para quem busca dormir melhor e ter mais horas de sono, combatendo até mesmo a insônia. Mas será que tudo isso é verdade?

Bom, antes de tudo, precisamos entender o que é a melatonina: “Ela nada mais é do que um hormônio secretado pela glândula pineal durante à noite, tendo como papel principal regular o ciclo sono-vigília. Seus níveis podem variar de acordo com a idade, e também com a existência de diversas doenças”, explica Paula Molari Abdo, farmacêutica pela USP e diretora técnica da Formularium.

Todos podem tomar melatonina?

Ao tomar os comprimidos de melatonina vendidos na farmácia, intensificamos os níveis do hormônio em nosso corpo na esperança de dormir melhor. Contudo, nem todos podem tomar: segundo Paula Molari, mulheres grávidas e também no período de amamentação devem evitar o consumo.

“Também há aqueles que têm alergia a algum componente da forma farmacêutica, seja líquido, comprimido ou pastilha sublingual. É aquela coisa: todo medicamento deve ser utilizado com supervisão médica”, alerta a farmacêutica.

André Felício, neurologista pela UNIFESP e membro da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), traz um alerta importante: em alguns casos, a substância pode provocar efeitos adversos, como a sonolência excessiva diurna.

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Melatonina realmente funciona?

É aí que as coisas se complicam: segundo Paula, a resposta é positiva… até certo ponto: “A melatonina sintética atua da mesma maneira que a natural, produzindo os efeitos regulatórios de temperatura corporal, pressão sanguínea e relaxamento dos vasos de braços e pernas, o que induz ao sono.”

Porém, a especialista avisa: o comprimido possui um efeito curto, sendo rapidamente metabolizado. Sendo assim, patologias (como a incontinência urinária), a presença de luz ou até mesmo uma noite de verão mais curta podem nos fazer despertar novamente (mesmo tendo consumido o hormônio).

Portanto, sim, a melatonina funciona, pois produz os efeitos responsáveis por nos fazer dormir. Contudo, ela não é capaz de intensificar o sono.

Melatonina é bom para insônia?

André Felício afirma que a melatonina pode ser uma das alternativas farmacológicas para tratar a insônia. Contudo, ela é um sonífero ‘fraco’, funcionando apenas para casos mais leves.

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“A vantagem dela em relação a outros medicamentos hipnóticos comumente receitados para a insônia é a maior segurança, devido aos seus baixos níveis de toxicidade”, complementa Paula.

Melatonina: como tomar?

De acordo com Abdo, a melatonina é usualmente administrada oralmente nas doses entre 1-5 mg, aproximadamente 30 minutos antes de dormir. “As formas sublinguais costumam ser mais efetivas, pois são absorvidas rapidamente e não sofrem degradação no estômago”, pontua.

Porém, em casos que envolvem distúrbios do sono, é necessário unir o uso do medicamento a hábitos de higiene do sono. Aliás, se possível, o cenário ideal inclui alterar alguns comportamentos noturnos antes de iniciar o consumo.

Dica importante: Claudia Chang, Doutora e Pós-Doutora em endocrinologia e metabologia pela USP, aconselha consumir a melatonina no momento em que já estivermos deitados na cama, com as luzes apagadas. “Ao contrário do que se pensa, quanto menor a dose, mais perto chegamos dos níveis fisiológicos recomendados. Mas é importante reiterar: toda e qualquer substância deve ser sempre indicada e acompanhada por um médico”, conclui.

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