Vereadora de SP, Erika Hilton sofre ameaça de homem dentro da Câmara
O homem entrou no gabinete da parlamentar e disse que é um dos acusados numa ação que ela promove contra 50 pessoas
A vereadora Erika Hilton (PSOL), registrou nesta quarta-feira (27) um boletim de ocorrência por ameaça. A legisladora diz ter sido perseguida por um homem dentro da Câmara Municipal de São Paulo na tarde da última terça-feira (26).
Erika, 27 anos, ficou conhecida por ser a primeira mulher trans a ser eleita vereadora e ocupar um dos lugares no legislativo. Na última eleição, ela foi a mulher mais votada e ficou em sexto lugar no ranking geral.
Em relato à polícia, Erika apontou que o homem entrou no gabinete pedindo para falar com a parlamentar. Ele portava uma bandeira e usava máscaras com símbolos religiosos.
Para os assessores da parlamentar, ele se apresentou como “garçom reaça” e disse ser uma das pessoas que está sendo processada pela vereadora – ela protocolou uma ação contra 50 pessoas que acusa de ameaças transfóbicas e racistas.
Em um carta deixada pelo “garçom reaça” para ser entregue à vereadora, o homem afirma que acompanha o trabalho de Erika desde que ela foi codeputada na Alesp, e diz ser garçom do restaurante do círculo militar, localizado na Zona Sul de SP, ao lado da Assembleia.
No boletim, a vereadora se diz constrangida com a situação, temente por sua integridade física e solicitou que medidas sejam adotadas para sua proteção.
A vereadora pediu apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e passou a andar acompanhada de um segurança particular.
O episódio aconteceu um dia antes de Carolina Iara, covereadora da Bancada Feminista do PSOL em São Paulo, sofrer um atentado. Segundo informações do partido, dois tiros foram disparados contra a casa da parlamentar.