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Por que homens e mulheres pintaram os lábios nas eleições de Portugal

A campanha foi marcada por uma tensa polarização, que se tornou palco para inadmissíveis ofensas sexistas

Por Da Redação
25 jan 2021, 14h45

Com mais de 60% dos votos, Marcelo Rebelo de Sousa, de centro-direita, foi reeleito neste domingo, 24, como presidente de Portugal.

Os dias que antecederam a eleição foram marcados por uma tensa polarização entre direita e esquerda, na qual a candidata da esquerda, Marisa Matias, foi vítima de ofensas sexistas feitas pelo oponente da extrema direita, André Ventura.

Com o apoio do movimento antifascista, Marisa viu seus lábios ganharem mais destaques, para o oponente, do que suas próprias propostas governamentais. André criticou a candidata, que usava batom vermelho, por pintar os lábios “como boneca”.

Marisa Matias
Marisa Matias foi candidata à presidência de Portugal pelo Bloco de Esquerda (NurPhoto/Getty Images)

Em entrevista à TV portuguesa, Marisa apontou que “o insulto que André Ventura fez às mulheres não diz nada sobre as mulheres, mas diz tudo sobre esse homem”.

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A resposta da população veio por um bombardeio de fotos de mulheres e homens com lábios vermelhos e a hashtag #VermelhoEmBelém, uma alusão à residência do presidente de Portugal, o Palácio de Belém. O intuito do movimento era questionar as condutas machistas da extrema direita.

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Entre as personalidades que endossaram a campanha #VermelhoEmBelém, a ministra espanhola da Igualdade, Irene Montero, se destacou ao lembrar de insultos sexistas frequentemente ditos a mulheres.

“’Você se maquia como uma boneca’; ‘Fala como uma menina’; ‘É uma histérica’; ‘Está aí [nesse cargo] porque foi para a cama com seu namorado.’ Vá em frente, Marisa Matias. Viva a luta das mulheres.”

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Na Espanha, o movimento também ganhou força com a participação de políticas e ativistas, como a própria Irene Montero, a delegada do Governo contra a Violência de Gênero, Maria Victoria Rosell e o deputado Gerardo Pisarello, integrante da coalizão En Comú Podem e membro da Mesa do Congresso.

O que falta para termos mais mulheres eleitas na política

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