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São Paulo suspende vacinação contra a Covid-19 em grávidas

Medida foi tomada após Anvisa recomendar que esse grupo não seja imunizado com vacina da AstraZeneca

Por Da Redação
Atualizado em 12 Maio 2021, 19h03 - Publicado em 11 Maio 2021, 11h37
vacina
 (Westend61/Getty Images)
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A vacinação contra a Covid-19 de grávidas, que deveria ter início nesta terça-feira (11), foi suspensa pelo Governo do Estado de São Paulo. De acordo a gestão estadual, essa é uma medida preventiva e segue as recomendações da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) de não vacinar esse público com as doses da vacina AstraZeneca/Fiocruz.

O governador do estado de SP, João Doria (PSDB), declarou que a suspensão será mantida até que uma nova recomendação seja dada pelo Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Imunização (PNI).

Jean Gorinchteyn, secretário de saúde de São Paulo, afirmou que a vacinação não pode ser retomada com outros imunizantes, como a CoronaVac e Pfizer, pois eles não apresentam doses suficientes para vacinar toda essa parcela da população.

Ainda em fala, o secretário defendeu a eficácia do imunizante da AstraZeneca e disse que o mesmo pode ser utilizado para os demais públicos.

“O que houve foi uma modificação pontual para um grupo específico, que é o grupo das grávidas. Isso não se estende, isso não descontinua a utilização da AstraZeneca, uma excelente vacina, segura, eficaz, protetora e, dessa maneira, ela vai continuar sendo ministrada em outros grupos, com exceção das mulheres grávidas”, disse Jean.

Apesar da paralisação, a vacinação de puérperas que tenham comorbidades não será afetada. Seguindo o calendário da gestão estadual, elas poderão ser imunizadas a partir desta quarta-feira (12).

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O que diz a Anvisa

A nota oficial emitida pela agência reguladora diz que a orientação é que “seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização a indicação da bula da vacina AstraZeneca e que a orientação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país”.

O texto traz ainda a informação de que “o uso de vacinas em situações não previstas na bula só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios para a paciente”.

A Anvisa não relatou nenhum evento adverso ocorrido em grávidas no Brasil.

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Suspensão em outros estados

Além de São Paulo, outros estados, como Rio de Janeiro, Pernambuco e Mato Grosso do Sul, também suspenderam a vacinação para esse grupo, seguindo a mesma recomendação.

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No estado do Rio de Janeiro, a suspensão é completa para todas as grávidas e inclui as vacinas CoronaVac e Pfizer. Já na capital do Rio de Janeiro, também está interrompida a vacinação para puérperas (mulheres que acabaram de dar à luz), decisão que se repete em todo estado de Pernambuco e em Rio Branco , no Acre.

A recomendação não afeta algumas capitais, como Manaus e Macapá, que imunizam grávidas com a vacina da Pfizer. Há outras localidades com campanha de imunização mantida às puérperas, como o Rio Grande do Norte.

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