Após ex-namorado deixá-la paraplégica, atleta compete nos Jogos Paralímpicos
Embora tenha vivido um momento traumático, a atleta faz questão de falar sobre o que viveu para inspirar outras pessoas
Integrante da equipe de tiro com arco dos EUA nas Paralimpíadas de Paris, Tracy Otto viveu um momento de completo desespero e luta por sua vida em 2019. Após se separar de um antigo namorado e começar um novo relacionamento, ela foi atacada pelo ex e viu a sua realidade mudar por completo.
Atenção: o texto abaixo contém descrições de violência.
Tracy Otto foi do leito de morte às Paralimpíadas
Foi em outubro de 2019 que Tracy viu sua vida por um fio. Após começar a se relacionar com seu atual namorado, Ricky Riessle, ela teve a casa invadida pelo ex-companheiro que tentou matá-los.
Durante aquela noite, Ricky levou dois tiros no rosto e facadas nas costas, causando um colapso em seu pulmão. Já a atleta foi atingida com socos, um tiro no olho esquerdo que lhe rendeu a perda da visão, e facadas na nuca que a deixaram paralítica. Além disso, ela ainda foi abusada sexualmente.
Depois de tudo isso, o ex-namorado da atleta ligou para a polícia e se entregou. Em 2023, ele confessou ser culpado das acusações e foi condenado a 40 anos de prisão.
A vida de Tracy, contudo, nunca mais foi a mesma. Se antes o seu sonho era ser modelo fitness, ela se viu tendo de aprender a engolir, sentar e fazer coisas tidas como naturais novamente.
“É mais do que apenas a paralisia e a cadeira de rodas que você vê por fora, há muita coisa acontecendo por dentro que não funciona mais”, contou à BBC Sports.
Isso porque a atleta já não pode mais suar e precisa tomar muito cuidado para não ter uma insolação, algo que pode acontecer durante a prática do seu esporte. “E também há problemas intestinais e de bexiga, que não funciona mais, então tenho que encontrar maneiras alternativas de me aliviar.”
Se para muitos reaprender a ter uma vida cotidiana já seria uma vitória, para Tracy não bastava. E foi por isso que, em 2021, ela escolheu um esporte para focar.
Agora, em 2024, ela representará o seu país tanto nas equipes mistas, ao lado do parceiro Jason Tabansky, quanto na qualificação individual da categoria W1. Quanto à sua história, ela segue contando com a intenção de “ser uma luz, um farol de esperança neste mundo”.
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