Espancada pelo namorado nos EUA, brasileira pede socorro pelo Instagram
"Um pedaço de papel com uma ordem de restrição não vai me impedir de ser morta", disse Isis Muniz sobre a medida protetiva
No último sábado (7), a tatuadora brasileira Isis Muniz, que mora no Canadá, foi vítima de violência doméstica. O relato de que seu namorado a espancou violentamente em Las Vegas, EUA, ganhou força quando ela contou o andamento do caso nas redes sociais.
Isis explicou que o agressor foi preso e liberado no mesmo dia da agressão. A Justiça do Estado de Nevada determinou apenas uma medida restritiva, que não surtiu efeitos práticos, já que o homem ainda tenta manter contato com a tatuadora.
Nas fotos e vídeos publicados por ela, é possível observar sangue nos lençóis, nas cadeiras e nos travesseiros. Além de compartilhar as evidências, a vítima também contou mais detalhes do crime e afirmou que o agressor a espancou “quase até a morte”.
“O agressor é meu (agora ex) namorado. Ele foi preso na mesma noite e solto menos de 24 horas depois. O juiz também retirou as acusações. Não fui ouvida no tribunal, não pude me defender e ele foi solto”, escreveu a vítima na legenda da publicação.
Isis pede ajuda para denunciar o caso e afirma que não vai desistir. “não ficarei em silêncio e não vou ser mais uma estatística de violência doméstica”, desabafou nas redes.
A tatuadora relata que está sentindo muitas dores e esquecendo informações por conta da agressão. “Meu nariz está quebrado, tenho vários hematomas na cabeça e no corpo (preciso fazer uma tomografia computadorizada para confirmar traumatismo craniano e outras lesões na cabeça e pescoço), meu olho está roxo, inchado e cortado. Tenho cortes em todo o corpo, meu tímpano tem um buraco, meus lábios foram cortados e vou precisar de uma cirurgia no nariz e nos lábios”, contou.
Nos stories, ela afirmou que o andamento das investigações está confuso, mas espera que as autoridades tomem as medidas corretas. “Ele não pode ser livre e eu quero me sentir segura, mas um pedaço de papel com uma ordem de restrição não vai me impedir de ser morta”, afirmou.
Através de sua conta na rede social, a tatuadora contou que já gastou mais de 7 mil dólares com as despesas, incluindo advogados, custos com hospital, remédios e até passagens para fugir do seu agressor.
Inicialmente, Isis não quis abrir uma vaquinha, pois não queria “que as pessoas pensassem que eu quero fazer dinheiro com essa situação”. Agora, porém, a tatuadora está considerando pedir ajuda financeira, já que não consegue arcar com todos os custos sozinha.