Campanha do SBT contra LGBTfobia foi ordenada pela Justiça
Após falas preconceituosas, a apresentadora Patrícia Abravanel terá que gravar um vídeo de conscientização exibido em janeiro pela emissora
O SBT começou o ano de 2022 anunciando em sua programação uma campanha de combate a LGBTfobia. O vídeo conta com a participação da apresentadora Patrícia Abravanel, juntamente com Chris Flores, Luiz Alano, Celso Portiolli, Eliana e outros funcionários trazendo informações com o intuito de conscientizar os telespectadores.
A iniciativa é resultado de uma determinação judicial contra a filha do Silvio Santos, Patrícia Abravanel. O processo foi movido por Marina Gonzarolli, fundadora do movimento #MeTooBrasil após falas preconceituosas da apresentadora contra pessoas LGBTQIA+ no programa “Vem Pra Cá”.
Na ocasião, Patrícia se referiu a comunidade como “LGDBTYH”, e ainda afirmou: “Assim como querem o respeito, acredito que eles têm que ser mais compreensivos com aqueles que hoje ainda não entendem direito, ou estão se abrindo para isso”.
Através de seu perfil no LinkedIn, Marina comemorou o resultado da determinação judicial: “Que orgulho fazer parte desta iniciativa! Parabéns a nossa Presidenta Dra. Luanda Pires pela atuação da Associação Brasileira de Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Intersexos (ABMLBTI) nesta ação!”, escreveu.
“Com base na Lei 10.948/01, em processo movido contra Patrícia Abravanel e SBT por LGBTIfobia, em razão de falas da apresentadora durante o programa “Vem pra cá”, transmitido em 01/06/21, o SBT – com a obrigatória participação da Patrícia – ficou obrigado a reproduzir em sua programação, durante todo o mês de janeiro de 2022, campanha publicitária educativa contra a LGBTIfobia (com a Participação da Patrícia Abravanel, Eliana, Celso Portiolli, Chris Flores, dentre outros); reportagem jornalística no dia da visibilidade trans (29/01); além da realização de workshop sobre cultura inclusiva para todo o casting e Live interna”, finalizou a ativista.
O que diz o SBT
Apesar da publicação da ativista, o canal de Silvio Santos nega que a campanha contra a LGBTfobia tenha sido desenvolvida após decisão judicial. Segundo o UOL, a emissora afirmou que não “existe condenação contra o SBT e nem à sua artista” e que pediria “retificação das publicações”.