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Santuário de gatos recebe quase 40 mil inscrições para vaga de gerência

Mesmo sendo avisadas dos lados ruins da vaga, as pessoas se interessaram muito em trabalhar numa casa com mais de 60 gatos

Por Da Redação
Atualizado em 16 abr 2024, 09h22 - Publicado em 1 out 2018, 11h11
 (God's Little People/Divulgação)
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Foi no início de 2010 que o império de gatos de Joan e Richard Bowell nasceu, na ilha grega de Syros. Já com dois felinos, o casal acabou adotando mais uma família, quando uma gata deu à luz no jardim de sua casa. Os donos se apegaram e deram até nomes: Pepper para a mãe e Tiny e Ninja para os bebês.

O amor pelos animais só aumentou e os Bowell continuaram procurando, salvando e adotando gatinhos portadores de ferimentos e doenças. Rapidamente, a casa deles virou um santuário de gatos chamado God’s Little People (Povo Pequeno de Deus).

Segundo os donos, o nome não é uma declaração de fé, mas uma filosofia. Para eles, os gatos são importantes como indivíduos, com o direito de serem livres e cuidados.

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Os donos do santuário, Richard, 66 anos, escritor e filósofo, e Joan, 52 anos, uma artista, agora têm mais de 60 gatos. Para o The Washington Post, a dona contou que “o maior desafio é dar a cada um deles a atenção de que precisam”.

Quando o casal percebeu que o espaço estava ficando muito pequeno, impedindo o crescimento, eles quiseram se mudar para Nova York, onde Joan planejava estabelecer outro santuário fora da cidade. Em 5 de agosto, ela criou um post no Facebook contando sobre a vaga de gerência para a vaga modestamente remunerada de gerência do God’s Little People.

Eles já haviam postado um anúncio parecido há alguns anos e receberam algumas respostas. Por isso, não esperavam nada mais que 25, talvez 50 aplicações. Indo contra as expectativas, dentro de seis semanas, eles tinham quase 40.000 inscrições (cerca de 1.000 a 6.000 e-mails por dia).

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Para todos que se inscreviam, ela deixava bem claro os lados ruins do trabalho, como fazer decisões “dolorosas” sobre gatos gravemente feridos ou doentes. Ainda assim, pessoas de mais de 90 países demonstraram interesse.

Segundo Joan, algumas eram cartas de refugiados que queriam enviar o pagamento para suas famílias em casa, algumas eram de mulheres que tentavam fugir de relacionamentos abusivos e vários eram de pessoas que já haviam tentado resgates gatos antes.

Mesmo assim, por mais que o santuário esteja em um lugar quase paradisíaco e envolva muitos gatos, Joan disse que não é exatamente o “emprego dos sonhos” que tantas manchetes declararam. Ela conta que quase não tem tempo de dormir, já que precisa fazer a alimentação dos gatinhos, medicar e levar todos ao veterinário para serem castrados ou esterilizados.

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Além de cuidar dos bichos e lhes dar uma casa, a instituição também postar fotos dos gatos no Facebook para chamar atenção de pessoas que estejam interessadas em adotá-los.

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Pelo amor aos animais, Richard Bowell disse que sua esposa vai a extremos para salvá-los. Ao jornal, ele contou que Joan uma vez ouviu um gatinho preso dentro de um tanque de água.

O tanque não podia ser aberto, a única saída do gato era um pequeno cano, pelo qual ele havia entrado. Joan sentou-se no tanque incentivando o gato por 12 horas e conseguiu transmitir, através do tubo, um vídeo no YouTube de uma mãe gata chamando seus bebês.

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Depois de tantos resgates feitos, um veterinário da ilha perguntou ao casal por que eles insistiam em enterrar os gatos feridos que eram sacrificados. “Bem, é para nos lembrar da nossa humanidade. Quando você pensa que pode simplesmente descartar as coisas quando quebram ou acabam, você se acostuma a fazer isso com tudo”, foi a resposta que Richard deu.

Com sua fama e com a repercussão do santuário, os Bowells estão conversando com os cineastas sobre um filme.

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Quanto às inscrições para o trabalho, no início deste mês, o casal reduziu o enorme número para um punhado de finalistas. Entre eles, estava a californiana Jeffyne Telson, de 62 anos, mulher que, segundo seu marido, já arrumou lares para cerca de 3.000 gatos ao longo das décadas.

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Os Bowells viajaram para Santa Barbara para conhecer Jeffyne em meados de setembro. Richard disse que “houve uma conexão instantânea entre Joan e Jeffyne”. A mulher, assim como Joan, é uma artista e também nunca teve filhos. Obviamente o casal lhe fez a oferta do trabalho e a californiana aceitou sem pensar duas vezes.

Telson disse que vai deixar seu resgate aos cuidados dos voluntários neste inverno, quando a cidade fechar a temporada, e passar vários meses em Syros.

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