Para Justiça italiana, Robinho teve “desprezo pela vítima” em crime sexual
Após condenar o jogador a 9 anos de prisão em segunda instância, a Corte de Milão divulgou nesta terça (9) o teor da sentença
O jogador Robinho teve o teor da sua sentença divulgado nesta terça-feira (9) pela Corte de Apelação de Milão. Em dezembro do ano passado, ele e o amigo, Ricardo Falco, foram condenados em segunda instância a nove anos de prisão pelo crime de violência sexual em grupo.
Para o órgão italiano, Robinho e “seus cúmplices” apresentaram “um particular desprezo pela vítima que foi brutalmente humilhada”.
Outro ponto levantada pela Corte no documento da sentença foi a manipulação que os acusados fizeram ao “enganar as investigações oferecendo uma versão dos fatos falsa e previamente combinada.”
A sentença ainda pode ser analisada na terceira instância com um recurso na Corte de Cassação. Se a condenação definitiva for concedida, uma cooperação jurídica internacional poderá tentar transferir a pena o Brasil.
Relembre o caso
O crime aconteceu em 2013, época que Robinho jogava na equipe italiana do Milan. Na ocasião, segundo a sentença em primeira instância, o jogador e mais quatro homens abusaram sexualmente de uma mulher de 23 anos dentro de uma casa noturna.
As investigações analisaram mensagens trocadas pelos envolvidos. Em uma delas, Robinho usa o fato da vítima ter consumido álcool para invalidar o assédio. “Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”, disse em mensagens divulgadas pelo GE.
Em 2014, o acusado confirmou à Justiça que praticou sexo oral na vítima. Porém, tanto ele quanto a sua defesa afirmam que a prática foi consensual e sem a participação de terceiros.
Ano passado, com a divulgação das conversas no GE, o jogador disse ao UOL que seu único erro foi ter traído sua esposa e “infelizmente, existe esse movimento feminista”.