Raquel Dodge é a primeira mulher a assumir a PGR
Ela exerce a função pelos próximos dois anos. Em seu discurso de posse, destacou que "ninguém está acima da lei"
Há mais de três décadas trabalhando no Ministério Público, Raquel Dodge tomou posse na manhã desta segunda-feira (18) do cargo de procuradora-geral da República e tornou-se a primeira mulher a ocupar tal cargo no Brasil.
Durante a cerimônia, a nova chefe do Ministério Público prometeu lutar pela defesa a democracia, zelar pelo bem comum e meio ambiente e garantir que ninguém esteja “acima da lei”.
“Dirijo-me ao povo brasileiro, de quem emana todo o poder, e a todos os presentes, para dizer que estou ciente da enorme tarefa que está diante de nós e da legítima expectativa de que seja cumprida com equilíbrio, firmeza e coragem, com fundamento na Constituição e nas leis”, afirmou em seu discurso.
Agora, Dodge será responsável pela condução da Lava Jato, que investiga os esquemas de corrupção entre a Petrobras e os órgãos públicos, mas não fez menção direta à operação; apenas frisou que o povo brasileiro “acompanha investigações e julgamentos” e “não tolera a corrupção”.
“Quarenta e um brasileiros assumiram este cargo [de procurador-geral da República], alguns em ambiente de paz, e muitos sob intensa tempestade. A nenhum faltou a certeza de que o Brasil seguirá em frente porque o povo mantém a esperança em um país melhor, interessa-se pelo destino da nação, acompanha investigações e julgamentos, não tolera a corrupção e não só espera, mas também cobra resultados”, ressaltou.
Ela ficará no posto pelos próximos dois anos. Desde 2013, quem sentava na cadeira máxima da PGR era Rodrigo Janot.