Rainha Elizabeth faz “generosa doação” aos refugiados ucranianos
Palácio de Buckingham confirma que monarca doou dinheiro de seu fundo privado para Comitê que reúne ONGs, mas não divulga o valor
Apesar da obrigatoriedade de permanecer neutra em conflitos políticos, a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, realizou uma doação para ajudar os refugiados ucranianos que fogem do país após a invasão da Rússia. Conforme informou o Comitê de Emergência para Desastres, uma organização britânica da qual fazem parte 15 ONGs, entre elas a Cruz Vermelha, Oxfam e Save The Children, a monarca fez uma “generosa doação” de fundos em auxílio às mais de um milhão de pessoas que deixaram suas casas para escapar da guerra, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas).
“Muito obrigado à Sua Majestade, a Rainha, por continuar apoiando o Comitê de Emergência de Desastres e por fazer uma generosa doação ao apelo humanitário na Ucrânia”, escreveu a organização no Twitter. O Palácio de Buckingham confirmou ao jornal britânico The Sun que a Elizabeth doou capital retirado do seu próprio fundo privado, mas não divulgou o valor do gesto de caridade.
Ainda que não possa fazer declarações oficiais sobre o conflito, o mais grave a eclodir na Europa nas últimas décadas, a monarca manifestou-se adiando um evento diplomático que ela sediaria no Castelo de Windsor, no dia 2 de março, após a eclosão do conflito russo-ucraniano. Porta-vozes da família real confirmaram que tal adiamento não tem a ver com a recuperação de Elizabeth II, de 95 anos, que foi diagnosticada com covid-19 no dia 20 de fevereiro. “A rainha aceitou o conselho do secretário de Relações Exteriores de que a recepção diplomática em Windsor na quarta-feira, 2 de março, deve ser adiada”, diz um comunicado do Palácio de Buckingham.
Apesar do silêncio da matriarca e monarca do Reino Unido, outros membros da família real, como o príncipe Harry e a duquesa Meghan Markle, condenaram os ataques russos na Ucrânia. “Nós, príncipe Harry e Meghan, o duque e a duquesa de Sussex, estamos com o povo da Ucrânia contra essa violação do direito internacional e humanitário e incentivamos a comunidade global e seus líderes a fazerem o mesmo”, disse um comunicado de ambos.