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P. Diddy: entenda o caso do rapper investigado por tráfico sexual

Rapper americano está preso desde 17 de setembro; o caso volta a ganhar força com o início do julgamento

Por Lorraine Moreira
Atualizado em 12 Maio 2025, 13h41 - Publicado em 25 set 2024, 12h05
Sean Diddy Combs acusado de crimes
Sean Diddy Combs está preso aguardando julgamento (@officialdavidburrusglobal/Instagram)
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O rapper e produtor Sean “Diddy” Combs está preso desde 17 de setembro, em Nova York. O julgamento, que deve durar até oito semanas, começou na última segunda-feira, 5 de maio. O magnata responde por tráfico sexual, associação ilícita, extorção e promoção da prostituição. Ele se declarou inocente das acusações. Em nova denúncia, o rapper foi acusado de ter drogado e estuprado uma mulher em 2001, quando ela tinha 25 anos.

Caso seja considerado culpado, ele pode ser condenado à prisão perpétua. Antes de ir a juri, foi oferecido um acordo judicial a Sean, que traria a chance de uma pena mais branda. Porém a defesa negou a possibilidade.

Entenda o caso de Sean “Diddy” Combs

Nascido em Nova York, Sean Combs, também conhecido como P. Diddy, é um poderoso magnata do setor musical, responsável por diversas transformações do hip hop e dono de uma empresa no setor de bebidas alcoólicas. 

Ele chegou a ganhar o Grammy, colaborou na criação de artistas como Mariah Carey, Mary J Blige, Usher, Lil’ Kim, TLC e Boyz II Men e é amigo de pessoas influentes no meio artístico, como Ashton Kutcher, Beyoncé, Jay-Z, Naomi Campbell, Usher e  Lil’ Kim. Essas relações aumentaram a visibilidade sobre o caso e, agora, são alvos de teorias da conspiração.

Tudo sobre as acusações e suposições sobre o caso de Diddy e teorias sobre como a indústria da música realmente é | thread🧵Imagem fora do domínio Abril

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— bia (@artzayn.bsky.social) September 23, 2024 at 12:41 PM

As suspeitas sobre o rapper começaram quando sua ex-namorada, Cassandra Ventura, denunciou Combs de submetê-la por mais de uma década à coerção física e uso de drogas, além de um estupro em 2018. 

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Divulgado em maio, um vídeo de uma câmera de segurança em um hotel mostra o cantor agredindo fisicamente sua então namorada e arrastando-a pelo cabelo para o quarto do qual tentava fugir.

Um acordo fora dos tribunais resolveu o processo, mas uma série de denúncias de agressão sexual contra Combs continuaram a chegar, inclusive a de que ele teria estuprado uma adolescente de 17 anos junto de outros homens. Com as alegações e as provas colhidas pela polícia, o caso ganhou força. 

As acusações dizem que Combs teria organizado festas com muito álcool e drogas em hotéis de luxo, que duravam dias. Chamadas de ‘freak-offs’, elas contavam com a presença de figuras poderosas do entretenimento no início dos anos 2000.

O governo americano descreveu esses eventos como “maratonas sexuais”. Segundo a acusação criminal, Combs costumava gravar esses encontros, ameaçando as participantes para que elas não o denunciassem. Ele “abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações”, afirma o texto.

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Damian Williams, promotor do caso, declarou à imprensa que Combs desenvolveu um sistema baseado na “violência” para obrigar mulheres a ter “longas relações sexuais com garotos de programa”, quando estavam sob efeitos de drogas como ecstasy GHB e cetamina. Além disso, contou que o rapper gravava esses abusos.

“Quando não conseguia o que queria, era violento, (…) chutava e arrastava as vítimas, às vezes pelos cabelos”, explicou Williams.

Sean Combs diz ser inocente de tráfico sexual e conspiração e extorsão. A defesa do rapper afirmou que os encontros entre Combs e sua ex-namorada eram consensuais.

Imagem de Cassie Ventura e P Diddy visto lateralmente em uma premiação
Cassie Ventura acusa Diddy de mantê-la na relação sob graves ameaças (AP Photo/Reprodução)
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As novas acusações

Quanto a acusação de estupro, a vítima contou que foi levada ao estúdio do magnata para uma reunião, de acordo com o documento apresentado em um tribunal de Nova York. Ela afirma que perdeu a consciência depois de beber um copo de vinho oferecido pelo rapper. 

“Ela acordou e se viu nua e amarrada”, coloca a denúncia. Combs e Joseph Sherman “passaram a abusar dela brutalmente e a estuprá-la. Combs a estuprou sem piedade”.

Thalia Graves, que autorizou ter seu nome divulgado, permaneceu em silêncio sob ameaças por mais de duas décadas, mas recentemente descobriu a gravação daquele momento e que os agressores haviam “mostrado para vários homens”, segundo a agência. 

“A dor interna após ser atacada sexualmente é incrivelmente profunda e difícil de traduzir em palavras”, disse Thalia nesta terça, em entrevista coletiva. “Deixa cicatrizes emocionais que nunca serão curadas por completo”, afirmou enquanto chorava.

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Gloria Allred, advogada da vítima, aponta que o objetivo do processo é destruir e impedir a divulgação do suposto vídeo, além de uma indenização por danos físicos e emocionais.

A menos de um mês para o início do julgamento, duas novas denúncias de abuso foram adicionadas ao casso de Diddy. As vítimas afirmam terem sido coagidas e silenciadas pelo rapper e seus funcionários. Os promotores de justiça responsáveis pelo caso afirmam que ele utilizava de seu poder na industria musical para silenciar suas vítimas.

O julgamento

Desde 2023, as acusações contra Combs já somam dezenas, mas, para o julgamento, os promotores decidiram concentrar o processo nos casos mais graves, aqueles que contam com testemunhas e evidências materiais.

Entre os destaques do processo estão as imagens da agressão sofrida por Cassie Ventura. Além disso, outras quatro vítimas devem depor em tribunal. No entanto, nem todas as provas reunidas foram divulgadas publicamente.

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A apresentação das evidências por parte da acusação e da defesa está prevista para começar no dia 12 de maio. O julgamento será aberto ao público, mas, conforme as regras vigentes, não contará com transmissão ao vivo.

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