Morre a advogada Eunice Paiva
Ativista passou mais de 40 anos em busca de esclarecimentos sobre a morte do marido, desaparecido durante regime militar
A advogada Eunice Paiva, uma das protagonistas do movimento por buscas de desaparecidos no regime militar no Brasil, morreu nesta quinta-feira (13), aos 86 anos. Mulher do deputado Rubens Paiva, assassinado em 1971, e mãe de cinco filhos, entre eles o escritor Marcelo Rubens Paiva.
Eunice passou mais de 40 anos em busca de esclarecimentos sobre a morte do marido, que nunca teve o corpo encontrado. Ao lado de Zuzu Angel, Crimeia de Almeida, Inês Etienne Romeu, Cecília Coimbra, e outras mulheres, liderou campanhas pela abertura de arquivos sobre vítimas da ditadura. A pesquisa de Eunice e de sua família foi uma das ações que contribuíram para o esclarecimento do caso após décadas.
Rubens Paiva foi recolhido pela polícia no dia 20 de janeiro de 1971 na casa em que morava com a família no Rio de Janeiro. A família só conseguiu um atestado que oficializasse a morte em 1996. A primeira prova objetiva de seu assassinado só foi encontrada 41 anos depois, em novembro de 2012, com uma ficha que confirmava sua entrada em uma unidade do DOI-Codi.
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