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Homem afirma que sua esposa teve o útero removido durante o parto

A jovem teve uma forte hemorragia e, depois de uma parada cardíaca, entrou em estado vegetativo

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 10h33 - Publicado em 22 mar 2019, 19h43

Gean Guimarães da Silva, 21 anos, afirma que sua esposa, Mirene Santos da Silva, 20 anos, entrou em estado vegetativo depois ter o útero removido durante o parto de seu filho. A prefeitura da cidade de Araci, na Bahia, que cuida da unidade de saúde onde a garota fez o procedimento, nega que o órgão tenha sido retirado.

Segundo a instituição, os médicos se limitaram apenas a realizar o parto. No entanto, Gean diz que, quando Mirene teve o bebê, no dia 20 de julho de 2018, aos 19 anos, os exames de pré-natal não detectaram nenhum problema com ela ou com o bebê.

“No dia, de manhã, a enfermeira nos disse que ela já estava na mesa do parto, mas, pelo que percebemos, o procedimento demorou muito. Ela passou quase 2h ou mais na sala de parto e a gente estranhou”, contou o marido. Em seguida, um enfermeiro disse que ela precisaria de um novo ultrassom.

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“Ele disse que ela tinha ficado com um pedaço da placenta na barriga. Quando fomos até a sala de parto, vimos uma correria, uma agonia. Descobrimos que o médico tinha puxado a placenta dela e o útero veio junto e ela teve uma intensa hemorragia”, relatou Gean. “Na minha opinião, isso foi por negligência, porque minha mulher não tinha nenhum problema.”

Foi então que Mirene foi encaminhada às pressas ao Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana. “Ela teve uma parada cardíaca por 10 minutos, os médicos conseguiram reanimar, mas ela já não voltou a mesma pessoa”, narrou.

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Segundo Gean, durante a viagem até o hospital, a garota estava consciente e até conversou com a mãe, mas perdia muito sangue. No HEC, a mulher entrou em estado vegetativo e ficou internada por seis meses. Seu bebê, Jordan, não teve nenhuma sequela.

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“Depois de seis meses internada, mandaram ela para casa. Hoje, ela só abre os olhos e chora. Não mexe perna, não mexe braços”, conta Gean. Ele ainda afirma que a esposa precisa de cuidados durante o dia todo, mas que a prefeitura não oferece tal assistência.

“Os cuidados que a prefeitura oferece não são suficientes. Eles contrataram uma empresa de saúde pra fazer esse atendimento em casa, mas só tem enfermeiro e terapeuta três dias por semana e médico uma vez por mês”, explica. Atualmente, os dois moram em uma casa alugada pela prefeitura.

Na quinta-feira (21), a prefeitura de Araci publicou uma nota na página oficial no Facebook. Além de afirmarem que os médicos se restringiram apenas ao procedimento do parto normal, disseram que a “complicação que a teria deixado em estado vegetativo não ocorreu durante o parto, nem no hospital”.

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Em seguida, ainda em nota, a prefeitura disse que “no Hospital da Criança, Conforme Divulgação da família [da paciente] nas Redes Sociais, diagnosticou-se “Inversão Uterina Aguda”, que é uma emergência obstétrica extremamente rara, grave e com elevada taxa de mortalidade materna”. Por fim, afirmam que “está sendo instaurado o procedimento administrativo cabível para a apuração de responsabilidades e tomada das providências cabíveis”.

Os parentes de Mirene decidiram relatar o caso à imprensa apenas oito meses depois do ocorrido, porque também têm reclamações acerca da da assistência prestada à jovem pela prefeitura municipal atualmente.

Segundo o G1, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) disse que não é permitido fornecer o estado de saúde e informações de pacientes internados na rede de assistência estadual, cumprindo determinação do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Ministério Público.

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