Freira francesa de 117 anos se torna pessoa mais velha a vencer Covid-19
Irmã André celebrou seu aniversário dias após ser declarada recuperada da doença
Considerada a pessoa mais velha da Europa, uma freira francesa completou 117 anos nesta última quinta-feira, 11, poucos dias após receber a notícia de que estava recuperada da Covid-19.
Irmã André, cujo nome de batismo é Lucile Randon, testou positivo para o coronavírus em janeiro, mas não desenvolveu nenhum dos sintomas. Mesmo assim, ela se isolou dos outros moradores da casa de repouso onde vive, no sul da França.
Segundo informações do The New York Times, ela se manteve paciente durante as semanas em quarentena, mas de vez em quando questionava quando poderia voltar a encontrar as pessoas.
“Ela não sentiu a doença, então se perguntava por que estávamos falando sobre o coronavírus todos os dias e por que ela não podia receber visitas na casa de repouso”, contou David Tavella, porta-voz da instituição.
Dos 88 residentes da casa, 81 contraíram a doença durante um surto no último mês. Até então, nenhum caso havia sido detectado no local desde o começo da pandemia. Do total de infectados, 11 acabaram morrendo.
“Ela sempre me falava: ‘Eu não tenho medo da Covid, porque eu não tenho medo de morrer, então deem a minha vacina para quem precisa dela'”, disse Tavella. Recuperada, ela se tornou a pessoa mais velha do mundo a sobreviver à doença, até onde se sabe.
Tendo perdido a visão há anos e em uma cadeira de rodas, Irmã André contou aos jornais franceses que se sentiu solitária e dependente durante o período em que esteve isolada, mas aceitou a provação trazida pela pandemia.
“Quando você foi uma adolescente durante uma pandemia que matou dezenas de milhões e viu os horrores de duas guerras mundiais, você vê as coisas em uma outra perspectiva”, acrescentou Tavella.