Farpas trocadas entre Trump, Meghan e Harry sobre segurança do casal
Presidente americano foi às redes para avisar que não vai ajudar com recursos públicos, mesmo que Harry tenha posição diplomática
Se não bastasse a própria família de Meghan Markle, a imprensa britânica e até a própria Família Real, o presidente americano Donald Trump decidiu que também poderia dar seu pitaco sobre o (futuro ex) casal real.
“Sou um grande amigo e admirador da Rainha e do Reino Unido. Foi noticiado que Harry e Meghan, que deixaram o Reino, queriam residir permanentemente no Canadá. Agora eles deixaram o Canadá pelos Estados Unidos, porém, os Estados Unidos não pagarão por sua segurança. Eles têm que pagar!”, tuitou o presidente que naturalmente acompanha a novela Real de perto.
O casal, que na quarta-feira (01) passa a ter a vida independente anunciada desde janeiro, não pára de fazer manchetes mesmo quando mantém o silêncio. No caso de Trump, no entanto, eles mandaram uma resposta oficial. “O duque e a duquesa de Sussex não têm nenhum plano de pedir ao Governo americano por recursos de segurança. Os arranjos particulares para segurança já foram feitos”, disseram em nota.
Não é de todo absurdo que Trump tenha se posicionado sobre a questão mais delicada (e sem aparente solução) para o novo papel de Meghan e Harry como ex-membros senior da Família Real. A posição é confusa para todos os envolvidos e os não envolvidos também. Harry permanece sendo o sexto herdeiro do trono, mesmo que em uma posição de poucas chances de um dia vir a ser Rei, o que lhe dá o direito de contar com uma proteção do Governo britânico. Só que, ao adotar uma posição híbrida de ‘independente’, há muitos questionamentos sobre a manutenção desse direito, uma vez que ele poderá pagar pessoalmente por sua proteção. Embora a nota de resposta dada ao presidente Trump revele que os dois justamente decidiram por proteção particular, durante a negociação de seu afastamento Harry e Meghan publicaram no site deles que manteriam seu direito de ter sim segurança do governo, mesmo sem trabalhar diretamente para a Família Real. Confuso mesmo.
A questão de vistos e impostos: os problemas que os Sussex Royal também têm
Casar com estrangeiros e morar no exterior é uma questão confusa para qualquer um, independentemente de títulos ou fama. Meghan é americana e, ao casar com Harry e ter um filho com ele, passa a ter direito a visto britânico. O mesmo se aplica ao príncipe quanto ao visto americano. No entanto os papéis não são automáticos e não dão direitos imediatos incondicionais. Para trabalhar, por exemplo, Harry vai precisar do green card ou um visto que o dê o direito de trabalho. Para agilizar ou ajudá-lo, discute-se que ele terá um passaporte diplomático pelo Reino Unido, por isso Trump correu para esclarecer sua posição porque diplomatas em missão de trabalho, podem contar com a segurança do governo americano também.
A questão dos impostos, segundo a imprensa internacional, também pesou na decisão de Meghan e Harry de irem direto para os Estados Unidos. No Canadá, Meghan seria tributada duas vezes porque como americana seguiria pagando impostos em seu país e como residente no Canadá pagaria também. Algo que ela já fazia quando era atriz e morava lá, mas segundo a imprensa não achou que seria mais conveniente. Dessa forma, ela já está com a vida liberada para retomar a carreira de atriz ou trabalhar em qualquer outra coisa, apenas Harry terá que cuidar da papelada para ele.
Anúncio na quarta-feira
Mesmo parecendo piada de 1º de abril, essa é a data oficial da liberdade dos Sussex Royal. Especula-se que a marca, que não mais poderá ter referência de realeza para poder gerar capital, passará para Global. Mas mais do que isso, já vazou para vários veículos a informação de que Meghan e Harry vão anunciar uma Fundação sem fins-lucrativos, que será liderada pela canadense Catherine St-Laurent. Ela trabalhava na Fundação Bill e Melinda Gates até poucas semanas. Segundo o The Sun, St-Laurent está feliz “de ter um papel de apoio para realizar a visão dos dois”.
Instalados em Los Angeles desde a semana passada, Meghan e Harry estão mantendo o máximo possível do isolamento, mesmo mudando de país. Eles deixaram o Canadá em um jatinho particular, pouco antes dos vôos entre Estados Unidos e Canadá serem suspensos. Estar na capital do cinema tem um peso sentimental para Meghan, que nasceu em Los Angeles e é onde vive sua mãe, Doria Ragland.
Despedida das redes sociais
Hoje (30) à tarde, pouco mais de 24h antes de ter que abandonar a conta Sussex Royal, Harry e Meghan se despediram dos fãs com um post onde prometem voltar em breve para as redes sociais.
“Como todos nós sentimos, o mundo nesse momento está extraordinariamente frágil. Ainda assim temos confiança de que todo ser humano tem o potencial e a oportunidade de fazer a diferença – como vemos ao redor do globo, nas nossas famílias , nossas comunidades e com aqueles que estão na linha de frente – juntos podemos nos levantar e perceber a totalidade daquela promessa”, escreveram. “O que é mais importante agora é a saúde e o bem-estar de todos ao redor do globo e encontrar soluções para as várias questões apresentadas como resultado da pandemia. Enquanto todos encontramos nossos papéis nessa mudança global e de hábitos, estamos focando no novo capítulo para entender como podemos contribuir melhor”, diz o texto.
O casal vai além: “Enquanto vocês não nos verão aqui [redes sociais], o trabalho continua. Agradecemos a essa comunidade – pelo apoio, inspiração e o comprometimento de compartilhar para o bem do mundo. Nós esperamos nos reconectar com vocês em breve. Vocês foram maravilhosos! Até então, tomem cuidado de vocês e um do outro”, assinando sem títulos, apenas como “Harry e Meghan“.
A relação com Trump
As farpas trocadas com Trump devem estar apenas começando. A duquesa sempre foi vocal contra ele, mesmo antes de se casar com o príncipe. Na ligação que foi revelada como pegadinha, Harry acabou falando mal do presidente americano, acreditando que estava conversando com a ativista Greta Thunberg: “O simples fato de Donald Trump estar apoiando a indústria do carvão é tão grande na América, ele tem sangue em suas mãos. Mas Trump vai querer te encontrar porque vai fazer com que ele pareça melhor mas ele não terá uma discussão sobre mudanças climáticas com você porque você é mais inteligente que ele”, ele disse.
Mesmo se sentindo exposto, o príncipe disse a amigos que não falou nada de mais e que não se arrepende de sua opinião ter vindo à público. Certamente não ajuda muito para que Trump tenha boa vontade de ajudá-los…