Família tem 7 casos positivos de coronavírus; 4 morreram
Matriarca da família morreu sem saber que dois de seus filhos já haviam falecido
A história de uma família ítalo-americana vítima do novo coronavírus, o Covid-19, divulgada pela imprensa emocionou os Estados Unidos nos últimos dias. Grace Fusco – mãe de 11, avó de 27 – morreu na noite de quarta-feira (18) após contrair o vírus – horas depois que seu filho morreu e cinco dias após a morte de sua filha. Na quinta-feira, outra criança da família que contraiu o vírus, Vincent Fusco, morreu.
Agora, três outras crianças permanecem hospitalizadas, duas delas em estado crítico, disse Paradiso Fodera, advogada da família que é prima de Fusco, ao The New York Times. Também segundo o jornal, Grace Fusco morreu sem saber que dois de seus filhos já haviam sucumbido à doença.
A filha mais velha, Rita Fusco-Jackson, morreu na sexta-feira; após sua morte, a família soube que ela havia contraído o vírus. Seu filho mais velho, Carmine Fusco, morreu na quarta-feira, ainda segundo a advogada. Já a matriarca da família morreu depois de passar quarta-feira “gravemente doente” e respirar com a ajuda de um ventilador, sem saber que seus dois filhos mais velhos haviam morrido.
Quase 20 outros parentes estão em quarentena em suas casas, aguardando os resultados dos testes, incapazes de se unir para lamentar a profunda perda coletiva.
NOVO CORONAVÍRUS NOS EUA
Nos Estados Unidos, pelo menos 10.822 pessoas em todos os estados, além de Washington, e três territórios dos EUA, testaram positivo para coronavírus e pelo menos 172 morreram, de acordo com um banco de dados do New York Times. Mas o número devastador do vírus em uma única família é considerado raro.
Segundo Judith M. Persichilli, Comissária interina do Departamento de Saúde de Nova Jersey, a filha mais velha não apresentava nenhum problema de saúde evidente. A advogada da família disse ainda que os irmãos mais novos da mulher também estavam com boa saúde antes de contrair o vírus. Não ficou claro se a senhora Fusco tinha problemas de saúde anteriores.
Uma pessoa que teve contato com um homem que morreu em Nova Jersey em 10 de março, tornando-se a primeira fatalidade relacionada ao coronavírus do estado, participou de uma reunião recente da família Fusco, segundo afirmou Persichilli.
“Não consigo nem enfatizar suficientemente o quanto é importante assumir a responsabilidade pessoal e evitar até as pequenas reuniões”, disse Persichilli durante uma coletiva no domingo passado.
CASO INTRIGA OS MÉDICOS
James Matera, diretor médico do CentraState Medical Center, centro onde a família estava sendo tratada, disse que discutiu a singularidade do caso com o comissário de saúde do estado e funcionários dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Segundo ele, as autoridades estão avaliando o histórico médico dos pacientes para procurar pistas sobre por que a doença pode ter progredido tão rapidamente e ter sido tão potente.