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Família rebate declaração polêmica de ex-secretário: “Não há nada a ser curado aqui”

Rodrigo Barbosa mostrou sua família nas redes sociais e criticou Ezequiel Teixeira por sua defesa do conceito de “cura gay”

Por Ana Carolina Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 out 2016, 20h38 - Publicado em 22 fev 2016, 11h53

Na última semana, o então secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, Ezequiel Teixeira, se viu envolvido em uma polêmica após declarar que é favorável à “cura gay” e contra a união homoafetiva. “Eu não creio só na cura gay, não. Creio na cura do câncer, na cura da Aids… Sabe por quê? Porque eu sou fruto de um milagre de Deus”, disse o atual ex-secretário em entrevista ao jornal “O Globo”.
 
Nas redes sociais, o ex-secretário vem sendo duramente criticado por suas declarações. Uma postagem, em especial, ganhou destaque e viralizou na web. Rodrigo Barbosa usou seu perfil no Facebook para contar a história de sua família. Casado há 13 anos com o jornalista Gilberto Scofield Junior, eles são pais do pequeno Paulo Henrique. O menino foi adotado após ser rejeitado por três casais heterossexuais que na fila de adoção o consideraram “feio” ou “negro demais”.

Em sua postagem, Rodrigo criticou o conceito da chamada “cura gay”. Ele lembrou que em 1948 o homossexualismo foi inserido na Classificação Internacional de Doenças (CID) sob código 320, dentro da categoria de Personalidade Patológica, na subcategoria de Desvio Sexual. Apenas em 17 de maio de 1990, o termo foi excluído da CID.

Rodrigo contou ainda que já sentiu o preconceito na pele e que por muito tempo escondeu a orientação sexual da própria família por não ter abertura para falar sobre suas escolhas. “Aos 14 anos comecei a me relacionar com homens mais velhos, já que os meninos da minha idade não contavam uns aos outros sua orientação sexual. Era 1995. E lendo o jornal de hoje já nem sei se posso dizer que era uma época mais careta, mas certamente menos esclarecida. Eu não tinha abertura para conversar com meus pais, amigos, escola”, confessou, completando: “Por vezes, me arriscava a entrar no carro de pessoas das quais eu nem sabia o nome em busca de alguma aventura. Outras vezes apenas suprimia meus desejos e as lembranças hoje são de uma infância e adolescência muito tristes, tentando esconder de todos que eu conhecia quem eu realmente era.”

Rodrigo ainda mandou um recado ao ex-secretário: “Hoje, casado, pai de um menino de 6 anos que é uma felicidade na minha vida, digo com total certeza que não há nada a ser curado aqui. Olhe para a foto da minha família e me diga, sinceramente, se tem algo a ser curado aqui. É uma delícia ser gay, Sr Ezequiel, acredite. Aliás é uma delícia poder ser quem você é ou quer ser”, escreveu. Ele disse ainda que o único momento em que se sente triste é quando abre o jornal e lê declarações como as feitas pelo Secretário de Direitos Humanos.

Horas depois de anunciar que iria “tomar providências” a respeito das declarações de Ezequiel Teixeira sobre uma suposta “cura gay”, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, o exonerou da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH). O atual secretário de Governo, deputado Paulo Melo (PMDB), irá ocupar o posto deixado por Teixeira.

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