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Enfermeira que atua no combate à Covid é premiada no Festival de Veneza

"Tenho o prazer de representar a minha categoria aqui", agradeceu Alessia Bonari no palco da premiação

Por Da Redação
Atualizado em 16 set 2020, 13h30 - Publicado em 6 set 2020, 12h00
 (Getty/Instagram/Reprodução)
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No dia 9 de março deste ano, a enfermeira Alessia Bonari, 23 anos, teve uma foto sua viralizada nas redes sociais por conta da exposição de machucados que sofreu no rosto por conta dos equipamentos de proteção. Alessia representou na imagem o trabalho de profissionais da saúde que se expõem por longas horas no atendimento de pacientes diagnosticados com coronavírus. Para agradecer e homenagear esses cidadãos, o Festival de Cinema de Veneza entregou à Alessia o prêmio de “Pessoa do Ano” nesta sexta-feira (4).

Enfermeira que atua no combate à Covid é premiada no Festival de Veneza
Alessia Bonari, 23 anos, enfermeira que atua no combate ao coronavírus e recebeu o prêmio de “Pessoa do Ano” no Festival de Veneza (Daniele Venturelli/Getty Images)

Com máscara, a enfermeira teve a experiência de atravessar o badalado red carpet. “Tenho o prazer de representar a minha categoria aqui, sempre e em todo o lugar. Sim, isso mesmo, tudo isso é um sonho. Mas amanhã vou voltar para Milão”, contou Alessia no palco da premiação. Foram apenas 48 horas oferecidas para Bonari se ausentar do trabalho e comparecer ao evento.

Em seu perfil no Instagram, a enfermeira agradeceu à homenagem. “Obrigado Veneza por todo o carinho recebido, mas acima de tudo obrigado à minha Itália #poderdasenfermeiras”, escreveu. Natural de Grosseto, a enfermeira vive com muita emoção os seus primeiros anos de formada.

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A responsabilidade e humanidade do trabalho de Alessia foram vistas na publicação que a tornou conhecida.“Tenho medo também, mas não de ir às compras, tenho medo de ir trabalhar. Estou com medo porque a máscara pode não se ajustar bem ao meu rosto, ou posso ter me tocado acidentalmente com luvas sujas”, disse. Jovem, a profissional fez questão de direcionar seu recado principalmente às pessoas da sua idade. “Peço a quem está lendo este post não é anular o esforço que estamos fazendo, ser altruísta, ficar em casa e assim proteger os mais frágeis. Nós, jovens, não somos imunes ao coronavírus, nós também podemos ficar doentes”, continuou no post, que, abaixo, está traduzido na íntegra.

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Sono i un'infermiera e in questo momento mi trovo ad affrontare questa emergenza sanitaria. Ho paura anche io, ma non di andare a fare la spesa, ho paura di andare a lavoro. Ho paura perché la mascherina potrebbe non aderire bene al viso, o potrei essermi toccata accidentalmente con i guanti sporchi, o magari le lenti non mi coprono nel tutto gli occhi e qualcosa potrebbe essere passato. Sono stanca fisicamente perché i dispositivi di protezione fanno male, il camice fa sudare e una volta vestita non posso più andare in bagno o bere per sei ore. Sono stanca psicologicamente, e come me lo sono tutti i miei colleghi che da settimane si trovano nella mia stessa condizione, ma questo non ci impedirà di svolgere il nostro lavoro come abbiamo sempre fatto. Continuerò a curare e prendermi cura dei miei pazienti, perché sono fiera e innamorata del mio lavoro. Quello che chiedo a chiunque stia leggendo questo post è di non vanificare lo sforzo che stiamo facendo, di essere altruisti, di stare in casa e così proteggere chi è più fragile. Noi giovani non siamo immuni al coronavirus, anche noi ci possiamo ammalare, o peggio ancora possiamo far ammalare. Non mi posso permettere il lusso di tornarmene a casa mia in quarantena, devo andare a lavoro e fare la mia parte. Voi fate la vostra, ve lo chiedo per favore.

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“Eu sou enfermeira e agora estou enfrentando esta emergência de saúde. Tenho medo também, mas não de ir às compras, tenho medo de ir trabalhar. Estou com medo porque a máscara pode não se ajustar bem ao meu rosto, ou posso ter me tocado acidentalmente com luvas sujas, ou talvez as lentes não cobrem meus olhos completamente e algo pode ter passado. Estou fisicamente cansada porque o equipamento de proteção dói, a bata me faz suar e uma vez vestida não posso mais ir ao banheiro ou beber por seis horas. Estou psicologicamente cansada e, como eu, todos os meus colegas estão na mesma condição que eu há semanas, mas isso não nos impedirá de fazer o nosso trabalho como sempre fizemos. Vou continuar a tratar e cuidar dos meus pacientes, porque tenho orgulho e amo o meu trabalho. O que peço a quem está lendo este post não é anular o esforço que estamos fazendo, ser altruísta, ficar em casa e assim proteger os mais frágeis. Nós, jovens, não somos imunes ao coronavírus, nós também podemos ficar doentes, ou pior ainda, podemos nos deixar doentes. Não posso me dar ao luxo de voltar para minha casa de quarentena, tenho que trabalhar e fazer minha parte. Você faz o seu, peço-lhe por favor.”

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