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Brasil vive intenso momento de protestos após assassinato de João Alberto

Por todo o país, pessoas se reuniram em unidades do Carrefour para demonstrar revolta pela morte brutal de João Alberto

Por Da Redação
Atualizado em 21 nov 2020, 17h06 - Publicado em 21 nov 2020, 15h37
 (Alessandro Biascioli/Getty Images)
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 João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos, foi assassinado por seguranças brancos do Carrefour às vésperas do Dia da Consciência Negra. O caso aconteceu em Porto Alegre e tornou-se o assunto mais comentado do Brasil esta semana, gerando uma enorme onda de protestos. Ele foi espancado em pleno estacionamento e morto no local.

Por todo o país, pessoas se reuniram em unidades da empresa. Nas redes sociais, imagens dos protestos rapidamente se espalharam, além de todo o tipo de manifestação contra o racismo. Novamente a hashtag #VidasNegrasImportam é uma das mais usadas. Na internet e em cartazes, a frase “parem de nos matar” também ganhou força total entre manifestantes negros.

https://twitter.com/pontejornalismo/status/1329899527071993857

https://twitter.com/eurenesilva/status/1329886741306728454?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1329886741306728454%7Ctwgr%5E&ref_url=https%3A%2F%2Fexame.com%2Fnegocios%2Fcarrefour-lojas-sao-quebradas-em-protestos-e-ceo-global-se-pronuncia%2F

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A declaração do vice-presidente Hamilton Mourão, dizendo que não há racismo no Brasil, também gerou enorme repercussão. “No Brasil não existe racismo, isso é uma coisa que querem importar”, disse ele ao ser questionado sobre a morte de João Alberto.

https://twitter.com/folha/status/1329858964805312515

Análises iniciais dos departamentos de Criminalística e Médico-Legal do Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul apontam que João Alberto provavelmente morreu por asfixia. Como não poderia deixar de ser, o caso vem sendo comparado ao de George Floyd – homem negro morto por policiais brancos nos Estados Unidos em maio. Ele também foi asfixiado. Outra semelhança é o fato de que o crime foi filmado e o vídeo se espalhou rapidamente, não deixando dúvidas sobre a brutalidade do ato.

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Ainda na sexta-feira (20), o presidente global do Carrefour, o francês Alexandre Bompard, se manifestou sobre o caso através do Twitter. Em português, ele escreveu que as imagens do assassinato “são insuportáveis”.

“Eu pedi para as equipes do Grupo Carrefour Brasil total colaboração com a Justiça e autoridades para que os fatos deste ato horrível sejam trazidos à luz”, diz Bompard. Ele também garante que “medidas internas foram imediatamente tomadas” em relação às empresas de segurança contratadas pelo Carrefour.

https://twitter.com/bompard/status/1329892173278490627

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No Brasil, a empresa emitiu uma nota oficial, informando que o dinheiro de todas as vendas das lojas Carrefour Hipermercados, realizadas no dia 20, será doado para organizações do movimento negro. “Nada trará a vida de João Alberto de volta, mas estamos certos de que este momento de profundo pesar se converterá em ações concretas que impedirão que tragédias como essa se repitam”, diz o comunicado.

Neste sábado (21), o velório de João Alberto iniciou-se às 8h e seu corpo foi enterrado às 11h30, em Porto Alegre. Ele deixa a companheira, Milena Borges Alves, e quatro filhos: Thais Alexia, de 22 anos, Taynara, 16, João Alessandro, 15, e Desiree, de 9. Ele e Milena se casariam em dezembro.

Durante a despedida, amigos e familiares pediram por justiça. “Parecia que estavam jogando um pedaço de carne no chão. Mesmo que ele estivesse errado, nada justifica esse tratamento. Espero que a justiça seja feita. Não é justo que, daqui a seis meses, eles (dois seguranças) estejam na rua novamente. A morte dele é para chamar atenção, só quem não tem coração não vai dar bola para isso”, disse a filha Thais, em entrevista ao Estadão.

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