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Antonio Banderas fala sobre a estreia do filme Os 33

Por Mariane Morisawa (colaboradora)
Atualizado em 22 out 2016, 17h52 - Publicado em 6 nov 2015, 13h36
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Antonio Banderas continua com o mesmo charme de sempre. Aos 55 anos,estreia o filme Os 33, de Patricia Riggen, no qual interpreta Mario Sepulveda, líder dos mineiros chilenos que passaram 69 dias soterrados a 700 metros de profundidade em 2010. O brasileiro Rodrigo Santoro foi seu parceiro de elenco, como o ministro das Minas e Energia do Chile.Banderas falou a CLAUDIA sobre a produção.

Como foi conhecer seu personagem?

Extraordinário. Ele é uma força da natureza. Um cara necessário naquelas circunstâncias. A única maneira de sobreviverem era racionando a comida e a água. Ele, então, pediu a chave da caixa de suprimentos e disse que era o chefe. Em última instância, acho que ele os salvou.

O que mais marcou você nessa história?

O primeiro drama do filme é o resgate dos mineiros com vida. O outro é diferente, sobre a abertura de um buraco para alimentá-los até poderem ser resgatados. Só que aquele buraco foi uma contaminação da vida real. Por ali não entravam apenas suprimentos, mas telegramas do papa, do presidente Barack Obama. E assim veio a possibilidade de uma vida melhor. Eles começaram a sonhar. Antes, só se apegavam às coisas mais básicas – um beijo da filha ou da mulher -, que foram o motor que os manteve vivos por muito tempo. Quando o mundo exterior chegou ali, eles perderam o objetivo primitivo. Acreditaram que tinham passado de mineiros a astros. Por isso, penso que o filme é sobre nós, seres humanos. O resgate dos mineiros foi considerado um milagre.

Houve momentos em sua vida em que acreditou também estar vivendo um?

Sim. No nascimento da minha filha (risos). Além disso, logo no início da carreira morei dois anos em Madri tentando ser ator. Passava fome. Então, decidi voltar à minha cidade, Málaga. Uma noite antes de partir, estava saindo de um bar frequentado por atores quando encontrei a filha da atriz Núria Espert. Falei com ela, que pediu meu telefone. Como eu não tinha um, dei o de uma amiga. Na manhã seguinte, fui chamado para fazer um teste. E assim começou tudo. É um milagre? Não sei. Como sou racional, atribuo às coincidências da vida.

Você esteve no Brasil este ano e, no Rio de Janeiro, visitou o Maracanã. Como foi essa experiência?

Lá joguei futebol com meu irmão (Francisco), Rodrigo Santoro e alguns outros amigos. Fiquei emocionado por estar naquele estádio. Eu me lembro de assistir, desde os 10 anos, a jogos de futebol em preto e branco naquele lugar.

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