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Advogada usa emoji de banana ao responder colega e vira ré por injúria racial

Para Comissão de Igualdade Racial da Ordem, 'atribuir imagem do macaco a negro reflete comportamento social'

Por Da Redação
Atualizado em 27 ago 2021, 16h28 - Publicado em 27 ago 2021, 16h28
Racismo
Ataque racista aconteceu no começo deste ano (|Reprodução/Arquivo pessoal)
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A advogada Isabela Bueno de Sousa, de 49 anos, virou ré em uma ação de injúria racial após enviar um emoji de banana para responder uma colega de profissão, negra, em um grupo do WhatsApp. O caso deve ser considerado racismo, crime inafiançável, pela Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil, no Distrito Federal (OAB-DF).

Na última quinta-feira (19), a Justiça aceitou a denúncia de injúria racial contra a advogada acusada pelo crime. O caso aconteceu em 11 de janeiro deste ano, quando a advogada, que exerce a profissão em Brasília, no Distrito Federal, respondeu Thayrane Evangelista, de 31 anos, com o emoji num grupo formado por 256 advogados. A vítima afirmou que mandou uma “figura aleatória”, um GIF, no grupo e foi respondida com imagens de bananas por Isabela. Ao G1, a acusada disse que vai se pronunciar em “momento oportuno”.

Em resposta ao questionamento da colega de profissão no grupo, Isabela disse que apenas pensou alto. “Reserva de pensamento. Pensei alto, sorry (desculpas em inglês)”, respondeu.

Isabela virou detenta depois da atitude preconceituosa
Imagem registrada do momento da troca de mensagens no grupo de advogados (|Reprodução/Arquivo pessoal)

Thayrane afirma que, antes do ocorrido, não conhecia Isabela. Ela conta que estava interagindo com outra pessoa no aplicativo quando a situação aconteceu. Além de responder a um processo judicial, Isabela teve o pedido negado da ação seguir em segredo de justiça. 

Veja também: Famílias inter-raciais: como o preconceito afeta o casal e na criação dos filhos

A defesa de Isabela pediu que a foto da acusada fosse retirada de uma matéria que foi publicada em um site, temendo retaliação, mas o pedido foi negado pela justiça. Thayrane pediu uma indenização de 6 mil reais para reparar os danos emocionais que a atitude de Isabela gerou. A advogada afirma já ter sido vítima de racismo antes, mas foi a primeira vez que teve coragem de denunciar. 

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Se condenada por injúria, a pena prevista é de 1 a 3 anos de reclusão. No caso do racismo, a sentença varia de 2 a 5 anos de prisão.

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