Tendências para o verão 2021: o 3º dia de SPFW tem crochê e alfaiataria
No terceiro dia da semana de moda de São Paulo, os desfiles continuam a surpreender
A 25ª edição da Semana de Moda de São Paulo, exclusivamente digital, está rolando até o dia 8 de novembro e o editor de CLAUDIA, Fabio Ishimoto, selecionou os principais destaques do 3º dia de desfiles.
Conforto, versatilidade, reutilização de peças são as tendências de moda mais marcantes das marcas citadas por ele. Em relação aos materiais, crochê, lã e algodão são algumas das apostas dos estilistas. Hoje tem mais uma rodada de apresentações e é possível acompanhar tudo ao vivo pelo canal da São Paulo Fashion Week (SPFW) no Youtube. Você também pode conferir aqui, os destaques e tendências do 2º dia de desfiles.
Ao todo são 33 marcas que apresentam suas coleções de diferentes formas e formatos durante a semana de moda. Quem tem circulado pela capital paulista também pode conferir projeções que estão sendo feitas em vários pontos da cidade para comemorar os 25 anos da SPFW.
Vamos aos destaques da sexta-feira, 6, na visão do nosso editor de moda, Fabio Ishimoto:
@lucasleão.co
A marca, que tem em seu dna uma ligação muito forte com a tecnologia, aproveitou a edição 100% digital do SPFW para exibir um video imersivo em 3D.
As peças físicas da coleção foram fotografadas e em seguida digitalizadas, e aparecem no filme de realidade virtual aumentada, nos permitindo uma experiência imagética e sensorial. Ótimo exercício de styling nos casacos doudone e estampas digitais com efeito ótico usados com botas brancas.
@led_cd
A marca do diretor criativo Célio Dias apresentou um vídeo onde os modelos dançavam e desfilavam exibindo looks sem gênero, de alfaiataria descontraída e lindas peças em crochê, tendência forte para a próxima estação. A cartela de cores vibrantes misturadas a tons neutros e as peças com frases divertidas foram o ponto alto da apresentação.
@misci_
Estreante no spfw, a marca do estilista mato grossense @aironmartin exibiu um vídeo gravado no Instituto de Atafona, em São João da Barra, litoral do RJ, que vem sendo engolido pelo mar e serviu de metáfora para questões ambientais.
Nomeada de Brasil Impúbere, a coleção mostrou pela primeira vez peças pensadas para o público feminino, como belas peças de alfaiataria (como o blazer pintado à mão), vestidos longos casuais e peças de trabalho manual, com destaque para o colete de tapeçaria da artista @luisacaldari. Belíssima estreia.
@renatabuzzo.veglab
Outra estreante no evento, a marca (que Claudia admira há tempos) tem pilares bem definidos: é vegana e não utiliza nenhuma matéria prima animal, incluindo seda e couro, trabalha com o conceito de slow fashion, e adota o zero waste, com reaproveitamento de resíduos para confecção de outras peças. Não bastasse toda a consciência e preocupação sustentável, exibiu lindos vestidos com nervuras e franjas (tendência detectada) e uma cartela de tons suaves super desejável, além dos vestidos midi pretos, elegantíssimos.
@julianajabouroficial
Muitas tendências detectadas na passarela da marca: silhueta oversized, mangas bufantes, babados, volumes e comprimentos mini. As saias volumosas usadas com camisetas e moletons, o blazer com maxi ombros, tudo combinado com creepers usados (ou sem) meias brancas provocaram desejo imediato.
@joao_pimenta
Figuras neutralizadas sem rosto e imposição de gênero ou etnia, cobertas dos pés a cabeça desfilaram looks carregadas de significados. O apelo por segurança em tempos de pandemia e a proteção da identidade do indivíduo estavam retratados em looks com muitas sobreposições de alfaiataria com acabamentos em renda e bordados. Máscaras ricamente bordadas e golas e punhos com muitos babados arrematavam os trajes em mais uma apresentação memorável do estilista mineiro.
Estou com câncer de mama. E agora?