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SPFW N57: Conheça as marcas estreantes da temporada

Reptilia e Catarina Mina estreiam na passarela da São Paulo Fashion Week , que começa nesta terça-feira (9)

Por Adriana Marruffo
8 abr 2024, 11h54
spfw n57 conheça as marcas estreantes
A SPFW está prestes a começar, e nos conversamos com as duas marcas estreantes (Reptilia/Catarina Mina/Divulgação)
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Você piscou e a primeira temporada do São Paulo Fashion Week de 2024 está chegando! O evento acontece de 9 a 14 de abril, desta vez com 27 desfiles que seguirão o tema “Sintonia”, e dará abertura para novas tendências e o retorno de veteranos da moda brasileira, como  Lilly Sarti, André Lima e Aluf. Mas, para além de ver as coleções de designers que marcaram nosso coração, uma das grandes atrações é dar visibilidade a novos artistas e suas inspirações. Por isso, nada melhor do que conhecer as marcas estreantes na SPFW N57 de antemão e já ir apaixonadas nos desfiles, não é mesmo? 

Em sua 57ª edição, o SPFW recebe apenas duas marcas estreantes: Reptilia, criada pela estilista Heloisa Strobel, e a Catarina Mina, idealizada por Celina Hissa. E para que você conheça tudo sobre suas criações e alguns vislumbres exclusivos para Claudia do que será apresentado em suas passarelas, conversamos com as diretoras criativas das marcas. Conheça as marcas estreantes da SPFW N57:

Reptilia e o “Indelével”

“Eu comecei a marca em Curitiba faz 10 anos, mas a minha vida profissional começou como arquiteta, apesar de eu sempre ter gostado da moda, e eu sempre achava que faltava um olhar voltado para a sustentabilidade. Eu comecei a estudar e me debruçar sobre isso, como hobby mesmo,  e comecei a desenhar algumas roupas e como eu não tinha nenhuma obrigação comercial, eu fazia roupas bem diferentes e usava matérias primas mais alternativas, como o couro do bucho do boi”, relembra Heloisa Strobel sobre o início da jornada da Reptilia, uma marca de bases de redução de impacto e design atemporal que, inclusive, já vestiu a Primeira Dama Janja.

Com o tempo, Heloisa decidiu dar início à profissionalização em moda e teve a oportunidade de participar de um Concurso da Associação Brasileira de Indústria Têxtil, que alavancou sua marca.

As primeiras coleções da Reptilia já começaram no cenário internacional, sendo importadas para a Kuwait e a França, mas foi em 2015 que voltou a marca para a moda brasileira. Em 2019, já eram convidadas para a tão conhecida Casa de Criadores, na qual participaram até 2022, com a coleção “Fragmentos”, feita com tecidos de garimpo.

“Essa foi nossa última coleção na Casa dos Criadores, mas eu penso que foi justamente ela que trouxe a gente até o SPFW, porque ela mostra o conhecimento técnico característico da Reptilia e o uso da arquitetura nas peças, além da nossa concepção do trabalho sustentável. Na nossa marca, a gente não joga nenhuma matéria prima fora, a gente transforma em novas peças”, conta a Diretora Criativa da Reptilia. 

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E os materiais sobrantes da confecção das peças para o desfile no SPFW também passarão pelo mesmo processo, que serão transformadas em um drop feito apenas com os retalhos da coleção – cuja matéria prima é inteiramente brasileira. 

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A Reptilia compartilha imagem exclusiva de tecido da coleção (Reptilia/Divulgação)

“Essa é uma coleção que puxa muito pelos aspectos femininos e aquelas escolhas que, a gente como mulher, tem que fazer na nossa vida e acabamos tendo que abdicar. A mulher é essa pessoa que tem o turno e o contraturno e que está sempre cuidando de alguém. O peso dessa condição feminina é latente na coleção e se chama “Indelével”, que é aquilo que marca e não sai”, explica sobre o conceito que pretende trazer para as passarelas do evento. 

Para trazer o conceito do indelével em 36 looks – incluindo a clássica jaqueta Anjo – Heloisa explica que as marcas na pele serão traduzidas por meio de texturas, como tecidos rugosos e marcadas. “A gente também está com uma série de materiais e modelagens muito novos, como o veludo, que vai trazer um impacto arquitetônico, e essa característica será celebrada”, explica a diretora sobre algumas das novidades que serão vistas na passarela.

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E entre um dos maiores orgulhos de Heloisa em relação à produção do desfile está a presença de mulheres 40+ como modelos principais, já dando breves spoilers sobre a presença de Neon Cunha, uma mulher transgênero que escolheu morrer caso não pudesse ter sua identidade, e a Alessandra Berriel

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A Reptilia também compartilha alguns vislumbres dos tecidos que veremos na coleção (Reptilia/Divulgação)

As composições apresentam um cruzamento de shapes retos e arredondados, muitas golas, recortes, alfaiataria, e até acessórios e aviamentos em diferentes materiais, usando seus conhecimentos em arquitetura e com design voltado para as rotinas urbanas, com possibilidade versáteis, desmontáveis e multifuncionais. “A gente vai entrar muito com o jeans, é um denim com textura e dá para vestir do avesso e do direito, mas também estamos trabalhando com denim reciclado. Também teremos bastante transparência nessa coleção, de uma forma que fica muito bem na rotina”, revela sobre os detalhes.

A marca apresentará sua primeira coleção no dia 10 de abril às 21:00 no JK Iguatemi.

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Catarina Mina fará homenagem às artesãs do Ceará

A Catarina Mina, conhecida pelo seu DNA de bolsas de crochê, está no mercado de moda há quase 18 anos, e é nesta edição que realiza seu debut na São Paulo Fashion Week. “A marca começou em 2005, como uma brincadeira, mas foi em 2015 que verdadeiramente alinhamos nosso propósito e lançamos nosso projeto de transparência, que ganhou prêmios na Vogue e o Prêmio Brasil Design. Nossa marca tem como propósito o lema: ‘Feita à mão para unir mundos’, e temos como missão fortalecer laços entre designers, artesãos e consumidores”, relembra Celina Hissa sobre o início da marca, que hoje expandiu seu leque para além das bolsas, mas continua a dar seu palco principal para as artesãs brasileiras. 

Em uma coleção que promete cerca de 40 looks, Celina garante que a marca dará um olhar para os origens, sob o tema “Guardiãs da Memória”, e homenageará as artesãs do Ceará que continuam a preservar e repassar para as novas gerações a tradição do ofício e que ajudaram a construir o leque da marca.

“É uma homenagem para a nossa história, de trabalhar há tantos anos com essas mulheres talentosíssimas, quanto às lideranças de artesanato. Nós queremos dar protagonismo para aquilo que a gente é, afinal, o principal motivo para a Catarina Mina existir é o artesanato, mas mais importante do que ele são as artesãs. Não existe artesanato sem as artesãs”, explica sobre a motivação por trás da coleção.

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A Catarina Mina compartilha em exclusiva um vislumbre para um dos looks da coleção (Catarina Mina/Divulgação)
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Para além das parcerias com as artesãs, Celina ainda revela que promove ações para estreitar a colaboração com artistas locais, trabalhando com mais de 27 comunidades cearenses e mais de 400 artesãs, dando à coleção um ar de reflexão dos anos de portfólio da marca. 

“No SPFW, nós vamos trabalhar com seis principais técnicas artesanais: o filé – vamos ter alguns looks verdes feitos com uma renda de filé, e são inspirados no cacto visto de cima – o labirinto, crochê, bilro, fibra de croá e palha de carnaúba. E nessa coleção também vamos trabalhar com mais de seis cidades principais”, conta Celina com um ar de entusiasmo e orgulho da coleção que está cada vez mais perto de se concretizar. Para ela, Guardiãs da Memória é sobre transgeracionalidade, identidade, excelência e valorização, e pensou nessa coleção por parte dos desafios do fazer artesanal. 

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A Catarina Mina dá o palco para as artesãs do Ceará, desde o crochê (curral) até o bilro (Catarina Mina/Divulgação)

E para além do artesanato, a Catarina Mina se honra pela moda transparente e sustentável, observando a sustentabilidade por meio das memórias culturais, além de ter grande enfoque para a igualdade de gênero, com 99% de sua rede sendo composta por mulheres. A marca também é membra do Pacto Global da ONU, e está comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com foco especial na erradicação da pobreza (ODS 1), redução das desigualdades (ODS 10), igualdade de gênero (ODS 5) e produção e consumo

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responsáveis (ODS 12): “É muito pelo viés do impacto do artesanato nas mulheres artesãs, e como nós podemos melhorar sua qualidade de vida”, reflete a Diretora Criativa. 

Uma novidade adiantada por Celina é um estudo reforçado das modelagens: para a coleção “A gente vai ter alfaiataria junto ao artesanato, vamos trabalhar com tecidos de linho que contam com uma cadeia sustentável, além de tecidos de seda pura. É uma coleção bem leve, e vamos trabalhar com ilustrações da Marina Esmeraldo, uma artista aqui de casa (Ceará)!”, revela a Diretora sobre breves detalhes do que espera a passarela do SPFW. E entre as demais surpresas, ela contou que teremos a presença da Havaianas como patrocinadora principal do desfile, para contribuir à energia brasileira do desfile, contando com chinelos e mules da marca. “Vai ter bolsa, vai ter brinco, nós não vamos deixar para trás nossa essência”, destaca. 

SPFW N57: Conheça as marcas estreantes da temporada
A Catarina Mina dará foque ao artesanato na SPFW (Catarina Mina/Divulgação)

A marca artesanal apresentará sua primeira coleção no dia 12 de abril às 14:30 no Shopping Iguatemi São Paulo, e nós estamos ansiosas para ver a retomada da moda artesanal, que promete ser tendência em 2024. “E sobre o futuro? Nós estamos com o projeto de um pop up, mas queremos inaugurar uma loja e crescer no e-commerce, que esse desfile nos abra espaço para maior visibilidade e para o artesanato cearense. Esse desfile, para a Catarina Mina, é apenas o começo”, brinca. 

E agora sim, que comece a Semana de Moda!

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