A história por trás do vestido de Natalie Portman
Atriz usou peça inspirada em uma das maiores criações de Christian Dior
A 67ª edição do Festival de Cannes entra em sua segunda semana colecionando figurinos de tirar o fôlego. Entre eles, talvez o maior destaque seja o vestido usado por Natalie Portman, no último sábado (20), para a première de May December. A atriz vestiu a recriação de uma peça da coleção Milieu du Siècle, da temporada de alta-costura outono/inverno de 1949 da Dior.
A história do Junon Dress
Intitulado ‘Junon’, em homenagem à deusa romana “Juno”, o modelo original foi criado pelo próprio Christian Dior e, hoje, faz parte do acervo do Costume Institute do Metropolitan Museum of Art, embora não esteja em exibição no momento.
Na peça vintage, há uma saia volumosa com recortes no formato de pétalas – feitas em tule branco e bordadas com lantejoulas azuis da extinta maison Rébé, do casal Réné e Andrée Bégué, amigos de Christian Dior que bordaram mais de 225 de seus vestidos. Os detalhes foram produzidos à mão.
O modelo naturalmente chama atenção por sua beleza, mas ganhou verdadeiro destaque depois de vestir nomes como Alla Ilchun, Claire Poe Newman, que repetiu o look na festa da princesa Grace Kelly, no hotel Waldorf-Astoria, em 1956, e em uma viagem a St. Moritz, e Ann Theophane.
Era costume que as criações de Dior contassem com uma “peça-irmã”, e também foi assim nesse caso: do outro lado, havia Vênus, todo branco, com detalhes em prata e brilho, também aclamado pelo público.
Juno foi revisitado diversas vezes, seja no passado da Dior, ou até em outras marcas. Entre essas espiadinhas no passado, fascinam a criação de Zuhair Murad para capa da Vogue britânica em junho de 2009, os vestidos da coleção de alta costura de John Galliano para primavera 2010, as coleções de alta costura de Maria Grazia Chiuri para primavera 2017. Mais recentemente, Junon foi referenciado pelo diretor criativo Kim Jones.
Confira a produção:
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