17 restaurantes com uma boa carta de vinho em São Paulo
Conheça endereços paulistanos onde a cozinha divide o protagonismo com seleções de rótulos imperdíveis

Quem sai para comer fora em São Paulo, muitas vezes espera encontrar uma carta de vinhos que converse com o menu, ofereça variedade de estilos e caiba em diferentes bolsos. Confira a seguir uma seleção de restaurantes que reúne casas que levam essa curadoria a sério — seja com rótulos naturais cuidadosamente escolhidos, seja com safras consagradas do Velho Mundo. Veja só:
Nelita
A carta, premiada pelo Paladar, reflete a cozinha autoral de Tassia Magalhães: enxuta, porém ousada, com foco em vinhos laranja e naturais do Velho Mundo. A seleção muda com frequência, mantendo o tíquete médio amigável para um restaurante de alta gastronomia. No prato, vegetais fermentados, massas delicadas e um menu-degustação sazonal pedem brancos de maior textura ou tintos de maceração curta — e a equipe de salão conduz o serviço com explicações justas, sem jargões.
Endereço: R. Ferreira de Araújo, 330 – Pinheiros, São Paulo – SP | @nelita.restaurant
ICI Brasserie

O ambiente descontraído esconde um trabalho sério de curadoria, com espumantes leves para o brunch (Villa Marcello Brut) e tintos de personalidade, como o Els Nanos espanhol ou o Fat Bastard pinot noir em taça. A política de preços fomenta o “dia todo de vinho”: há garrafas entre R$ 150 e R$ 365 que acompanham moules-frites, steak tartare ou croque-monsieur.
Endereço: R. Bela Cintra, 2203 – Consolação, São Paulo – SP | @icibrasserie
Arturito
Sob o olhar inquieto da chef Paola Carosella e do sommelier Casafus Bautista, a carta privilegia pequenos produtores orgânicos e biodinâmicos da América do Sul e Europa. Vinhos de mínima intervenção aparecem lado a lado com clássicos de Rioja ou Chianti, escolhidos para acompanhar receitas de base mediterrânea. O serviço é acolhedor: quem tem curiosidade prova sem medo, pois o sommelier adora abrir garrafas para degustação em meia taça, criando rodas de conversa à mesa.
Endereço: R. Chabad, 124 – Jardim Paulista, São Paulo – SP | @restaurantearturito
Beefbar
No endereço paulistano da rede monegasca, Anderson Tenório orquestra cerca de 80 rótulos que viajam de Montepulciano em taça ao californiano Opus One 2016. A estrutura da carta permite saltar de um tinto de entrada (R$ 43 a taça) a ícones de quatro dígitos, sem rupturas de estilo. Os cortes Angus selados a 1 100 °C e finalizados na brasa ganham escolta de nove purês de batata — um convite a comparar syrah francês, malbec argentino e nebbiolo piemontês no mesmo serviço.
Endereço: R. Barão de Capanema, 320 – Cerqueira César, São Paulo – SP | @beefbar_saopaulo
Maní
Eleito pelo Paladar como uma das cartas mais didáticas da capital, o Maní detalha estilo, uva e método de cultivo de cada rótulo. A cozinha delicada de Helena Rizzo pede brancos minerais e tintos de corpo médio; por isso, há forte presença de chenin-blanc sul-africano, godello espanhol e pinot brasileiro. A harmonização avança também para kombuchas e destilados artesanais, tornando a experiência completa do primeiro amuse-bouche à sobremesa.
Endereço: R. Joaquim Antunes, 210 – Jardim Paulistano, São Paulo – SP | @manimanioca
Donna

O restaurante intimista de André Mifano exibe carta enxuta, mas corajosa: pecorino d’Abruzzo, método clássicos da Ferrari e tintos do Rhône aparecem lado a lado com laranjas argentinos. Os vinhos naturais recebem destaque visual, facilitando a escolha de quem busca experiências menos convencionais para escoltar massas frescas ou o polvo grelhado.
Endereço: Rua Peixoto Gomide, 1815 – Jardim Paulista, São Paulo – SP | @restaurantedonna_
Song Qi
A casa serve alta gastronomia chinesa e uma carta com 80 rótulos que equilibra Borgonha (Louis Latour Marsannay) e super-ícones como Château Pétrus. O sommelier André Shubert mantém uma escada de preços diversificada, com sangiovese e pinot grigio na casa dos R$ 179. A estrela da cozinha — o Pato Pequim laqueado por 72 h — brilha com tintos de tanino polido ou brancos de boa acidez, como riesling alemão.
Endereço: R. Barão de Capanema, 348 – Cerqueira César, São Paulo – SP | @songqi.sp
Rancho Português
Quarenta e duas mil garrafas repousam na adega climatizada, com ênfase natural nos vinhos lusitanos. A importadora própria permite vender rótulos como Terra dos Alves a preços de empório. A carta privilegia brancos do Dão, tintos da Bairrada e fortificados do Douro, ideais para o leitão à Bairrada ou os tradicionais bacalhaus para duas pessoas.
Endereço: Av. dos Bandeirantes, 1051 – Vila Olímpia, São Paulo – SP | @ranchoportuguessp
La Cave du Roy

Wine bar intimista que exibe mais de 130 rótulos ao som de jazz. A carta oscila entre rosés provençais (Maison Brotte Eden) e chardonnays de altitude como Bramare Valle de Uco, além de tintos argentinos expressivos. Recomenda-se chegar cedo para degustar em taça e, depois, eleger a garrafa para acompanhar tábuas de embutidos artesanais.
Endereço: Alameda Tietê, 277 – Jardim Paulista, São Paulo – SP, 01417-020 | @lacave_duroy
Corrientes 348

A parrilla argentina oferece carta robusta, equilibrando clássicos sul-americanos — El Enemigo Chardonnay e Garzón Petit Verdot — com referências europeias como Castello Banfi Centine Rosso. O sommelier valoriza cortes de marmoreio distintos, indicando cabernets, bonardas ou sangioveses conforme o teor de gordura da carne.
Endereço: R. Bela Cintra, 2305 – Consolação, São Paulo – SP | @corrientes348br
La Serena

A sommelière Clara Mei repaginou a carta, hoje com 70 rótulos do Velho Mundo e nove opções em taça. Cita-se o branco siciliano Donnafugata Anthìlia, o supertoscano Gaja Promis e espumantes Cave Geisse. Pizzas de fermentação natural e massas do sul da Itália encontram pares clássicos: fiano di Avellino, nerello mascalese ou um prosecco DOCG servido gelado.
Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041 – Vila Olímpia, São Paulo – SP | @laserena_sp
Piccini Cucina
Inspirada nas tabernas toscanas, a casa mantém 152 rótulos exclusivamente italianos — de vernaccia de San Gimignano a brunello de pequenas propriedades. A burrata feita na casa pede brancos da Ligúria; já o spaghetti alla carbonara harmoniza com sangiovese jovem, sugerido pelo sommelier Luciano Silva.
Endereço: R. Vitório Fasano, 49 – Jardim Paulista, São Paulo – SP | @piccinicucina
Marena Cucina

Na antiga residência de Cacilda Becker, o restaurante tem uma carta que valoriza a Itália, mas reserva espaço para cabernet franc de Gualtallary ou até o mítico Pétrus para as grandes ocasiões. Camarões grelhados e polvo na brasa encontram companhia em fiano campano ou rosés frágeis de Provence.
Endereço: Rua Pais de Araújo, 138 – Itaim Bibi, São Paulo – SP | @marenacucina
Expedito Bar

Desde 2006, o bar mescla brasa, mixologia e uma carta 100 % natural, orgânica ou biodinâmica. Entre os best-sellers estão o espumante gaúcho Apagão e o laranja Macerato Chardonnay. A proposta democrática incentiva pedidos em taça para acompanhar picanha na parrilla ou linguiça defumada feita no próprio fogo.
Endereço: R. Ibituruna, 1540 – Campo Belo, São Paulo – SP | @expeditobar
A Casa do Porco
O restaurante de Janaína e Jefferson Rueda cultiva uma das cartas mais criativas da cidade. Predominam rótulos nacionais — pét-nats da Serra Gaúcha, blends de história curta, sidras artesanais — pensados para cortar a untuosidade dos pratos suínos. Muitas referências são servidas em taça, reforçando o compromisso da casa com a democratização do vinho. A harmonização oficial do menu sai a preço fixo e apresenta combinações didáticas: por exemplo, copa curada com arinto brasileiro ou porchetta com riesling da Campanha.
Endereço: R. Araújo, 124 – República, São Paulo – SP | @acasadoporcobar
Varanda Grill
Conhecido por servir cortes de carne premium, o Varanda ostenta mais de 400 rótulos distribuídos numa carta didática, que indica uva, safra, produtor e, sempre que possível, práticas de cultivo. Há profundidade em Bordeaux e Toscana, mas também uma ala de espumantes e tintos brasileiros que surpreende pelo equilíbrio de preço. A brigada de sommeliers trabalha de olho na parrilla: sugere malbecs de altitude ou cabernets sul-americanos para a picanha e chardonnays encorpados (argentinos, chilenos ou nacionais) para o assado de tira.
Endereço: Rua Prudente Correia, 432 – Jardim Europa, São Paulo – SP | @varandagrill
Arabia

Casa clássica de cozinha libanesa, agora em novo endereço, traz carta revisada com ênfase no Vale do Bekaa. O rosé Mist Château Kefraya e o tinto Les Bretèches dividem espaço com pinot noir borgonhês e tempranillo riojano — todos pensados para receitas de homus, kaftas e folhados de massa fina.
Endereço: Alameda Lorena, 1821 – Jardins, São Paulo – SP | @restaurantearabia
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