É oficial! Princesa Mako se casa com plebeu e abandona família imperial
A união entre Kei Komuro e a princesa não contou com nenhuma celebração, apenas com a assinatura do registro oficial de casamento
A princesa Mako, sobrinha do imperador Naruhito e neta do imperador Akihito, do Japão, casou-se nesta terça-feira (26) com o plebeu Kei Komuro. Com isso, ela deixou de pertencer oficialmente à família imperial do país.
A união entre o casal foi estabelecida por volta das 11 horas (fuso horário do Japão, 23 horas de segunda-feira no Brasil) apenas pela assinatura do registro oficial de casamento. Como já havia sido especulado, as tradicionais cerimônias imperiais não ocorreram, nem qualquer outra comemoração foi realizada.
Além de confirmar que Mako e o advogado Kei Komuro, ambos com 30 anos, são legalmente marido e mulher, o documento também definiu o desligamento definitivo da princesa da família imperial. Ela agora passa a se chamar Mako Komuro.
Ao deixar o título, a princesa teria o direito de receber um dote equivalente a mais de 5 milhões de reais, no entanto, ela também escolheu abster-se da quantia.
Como mulher, Mako não pertencia à linha de sucessão ao trono imperial, que no Japão só pode ser ocupado por homens.
Ela também não foi a primeira a deixar a família imperial para se casar com um plebeu. O último caso registrado foi o de sua tia, a ex-princesa Sayako, irmã do atual imperador do Japão, que realizou o mesmo feito em 2005 ao se casar com Yoshiki Kuroda.
Logo após a assinatura do documento, os recém casados concederam uma entrevista coletiva em um hotel em Tóquio. Eles aproveitaram o momento de fala para pedir desculpas por qualquer problema que a união deles tenha causado. Mako ainda expressou que entende que as pessoas têm opiniões diferentes sobre o assunto.
Histórico do casal
Noivos desde 2017, Mako e Kei Komuro se conheceram há dez anos na universidade quando estudavam direito.
Quando anunciada, a união do casal foi inicialmente comemorada pelos japoneses, no entanto, antes mesmo do matrimônio ser estabelecido em 2018, como foi previamente projetado, a relação tornou-se alvo de protestos e precisou ser adiada.
A repulsa da população para com o matrimônio teve início após descobrirem que a mãe do noivo, que é viúva, havia recebido um empréstimo de 4 milhões de ienes (cerca de R0 mil) de um ex-noivo, usados para financiar os estudos do filho, e não devolveu o dinheiro.
A partir disto a família de Komuro começou a ser vista com maus olhos pela opinião pública, que os julgava pela falta de dignidade.
A sogra da princesa alegou que acreditava que a quantia tinha sido um presente, por isso não se dispôs a acertar a quantia antes. Komuro, também em tentativa de limpar a imagem da família, se ofereceu para pagar a dívida, mas a população japonesa continuava a ser contra o relacionamento do jovem com um membro da família imperial, que supostamente deve manter uma reputação imaculada.
Como forma de diminuir a pressão, o noivo de Mako se mudou para Nova York, onde continuou os estudos e trabalha como advogado. Ele e a princesa ficaram três anos sem se ver pessoalmente. O reencontro aconteceu apenas no mês passado, quando o noivo retornou para o casamento.
Com a união já oficializada, Mako irá se mudar com o noivo para os Estados Unidos, onde também trabalhará como advogada em Nova York.